Ascensão do Cisne Negro estava em primeiro lugar entre os mais assistidos do fim de semana na Netflix. O elenco é bom. Tem Sam Heughan, de Outlander. E ainda Hannah John-Kamen (de Homem-Formiga e a Vespa), Ruby Rose, Andy Serkis, Tom Hopper , Owain Yeoman (The Mentalist) e Tom Wilkinson. Impressiona certo? Talvez por isso eu tenha ficado tão decepcionada com o resultado.
Sam Heughan é o agente das forças especiais Tom Buckingham. Após uma missão especial, ele resolve viajar de Londres para Paris com sua namorada. Resolvem ir de trem. Mas o problema começa quando um grupo de mercenários armados sequestra o trem. E eles são justamente liderados por uma mercenária que escapou na missão do início. Todos os passageiros estão em perigo. E cabe a Tom, sozinho, deter os vilões e salvar o dia.
A crítica
Bem, desde os anos 80, esse tipo de situação vira e mexe volta em algum filme. Ou seja, desde que Bruce Willis apareceu no Nakatomi Plaza em Duro de Matar. Um cara, que está num lugar pelo acaso, tem que deter os caras maus. Algumas vezes dá certo, como em Invasão à Casa Branca, com Gerard Butler. Mas, boa parte delas não funciona. Infelizmente, é o caso de Ascensão do Cisne Negro.
Sam Heughan está ótimo. Ele tem carisma, e você acredita que ele pode ser esse quase super-herói que salva o dia. O problema, como é quase normal ultimamente, é o roteiro. O filme demora para começar. Tem uma parte do meio, que é a que se passa no trem, que até funciona. Mas depois, enrola para terminar. São quase duas horas de filme, e meia hora poderia ter sido cortada.
O embate de Tom com a vilã Grace (Ruby Rose fazendo o de sempre) dá um pouco de vergonha alheia de tão mal escrito e dirigido. Além disso, Sam e Hannah John-Kamen também não tem a menor química. Me pergunto como atores consagrados como Tom Wilkinson e Andy Serkis entraram numa dessas. O dinheiro deve ter sido bom.
O filme, como a maioria dessas produções de ação da Netflix, deixa uma porta escancarada para uma sequência. Segundo Sam disse em uma entrevista ao site Digital Spy, nada está programado. Sei, sei… rsrs. Tudo depende se Ascensão do Cisne Negro for um sucesso. E também se Andy McNab (o autor do livro que deu origem ao filme) tiver novas ideias. Só espero que essa possível sequência tenha um roteiro melhor.