Cinderela estreou nessa sexta na Amazon Prime, após ser adquirido da Sony. Foi mais um dos casos de filmes que tiveram seu trajeto mudado por causa da pandemia. Talvez a Sony estivesse certa. Um filme musical como esse poderia não ter encontrado seu público nos cinema. Mesmo com a popularidade da história de Cinderela e da estrela, Camila Cabello, estreando como atriz.
Trata-se de uma abordagem musical diferente da história tradicional que o público conhece, Cinderela (Camila Cabello) é uma jovem ambiciosa cujos sonhos são maiores do que o seu mundo permite. Ela sonha em ter sua própria loja de vestidos. Mas a vida ao lado da madrasta (Idina Menzel) promete algo que ela não deseja. Entretanto, com a ajuda de seu Fado Madrinho (Billy Porter) ela é capaz de perseverar e realizar seus sonhos.
O que achei?
O filme tem músicas ótimas e conhecidas. De Madonna a Queen, passando por Ed Sheeran e Janet Jackson. Os números são ótimos e bem coreografados. Também se preocupa em ser bem politicamente correto. Cinderela, feita por uma latina, não quer um marido, quer um emprego. O príncipe ( Nicholas Galitzine, do novo Jovens Bruxas) não quer ser rei, quer viajar. A rainha reclama da falta de atenção. A madrasta é infeliz porque não realizou seu sonho. É claro que, às vezes, o politicamente correto é tão evidente, a vontade de agradar é tão grande, que se torna um tanto repetitivo.
Camila Cabello é uma surpresa agradável em seu primeiro filme. O filme tem ainda uma bela participação de Idina Menzel, que tenta dar um lado mais humano à madrasta. O filme ainda conta com Pierce Brosnan e Minnie Driver, como o rei e a rainha. E, claro, Billy Porter, como o Fado Madrinho. Aposto que ele se divertiu horrores no papel.
Mais uma vez, o aviso é importante. Se gosta de musicais, assista. Mesmo com uma barriguinha no roteiro após o baile, que poderia ter sido resolvida na sala de edição. Mas, se é daqueles que odeiam, não chegue nem perto. Rsrsrs. É muito claro que os roteiristas do filme são fãs de Glee. Impossível não lembrar da série. Sim, é um musical. Mas também tem humor, amor e uma certa ironia. É impossível também não lembrar de Finn e Rachel a cada momento da história de Cinderela e do Príncipe. Até fisicamente. Se Cinderela tivesse sido feito há 10 anos, Lea Michele e Cory Monteith teriam sido perfeitos.