Ninguém pode dizer que Denis Villeneuve não é um homem corajoso. Afinal, ele fez a sequência de um dos filmes mais adorados pelos fãs de cinema, Blade Runner 2049. Não importa que o filme é um sonífero dos bons, vale a coragem de se meter numa história como essa. Aparentemente, a sequência de Blade Runner foi um curso preparatório para outro enorme desafio. Duna é um livro de ficção científica, que foi uma das inspirações para George Lucas escrever Star Wars. Mas é também uma história complicada de luta pelo poder com nomes estranhos, e cheia de idas e vindas. De qualquer maneira, Duna chega nessa quinta aos cinemas. Na época de seu lançamento no festival de Veneza, dividiu bem a crítica. Bem, veja aqui a minha opinião…
O personagem central é Paul Atreides (Timohtée Chalamet). Ele é um jovem brilhante que nasceu com um destino grandioso, que vai além até da sua própria compreensão. O imperador ordena que Paul e sua família viajem para Arrakis, o planeta mais perigoso do universo. Lá eles deverão assumir o controle do planeta e principalmente da produção da especiaria. Só que também deverão conviver em harmonia com o povo local e driblar os monstros do deserto (muito parecidos com os de Monster Hunter). Só que, como sempre, forças malévolas estão atuando nos bastidores. É quando Paul tem que fazer de tudo para fugir do local e conseguir seguir o seu destino grandioso. E ainda descobrir quem é a misteriosa mulher que está sempre presente nos seus sonhos (Zendaya, parecendo que está num comercial de Dior, rsrs).
O que achei de Duna?
Eu pouco me lembro da versão de 1984, de David Lynch. Teria que rever. Ela está disponível na Netflix. Na época foi um grande fracasso, o que comprova ainda mais a coragem de Villeneuve. Para quem conhece o trabalho do diretor, sabe de seu estilo etéreo e contemplativo. Ele está presente também nessa nova versão de Duna. Mas, ao contrário de Blade Runner 2049, Duna tem um ritmo interessante. Eu pelo menos não senti as 2h40 de filme. É também um grande espetáculo para ver no cinema. A fotografia, a direção de arte, tudo é superlativo. Com certeza, vai perder bastante na tela pequena.
Sim , o roteiro, com seus nomes complicados, é daqueles que você tem que prestar bastante atenção. Mas funciona. E tem um elenco incrível. Não sou fã de Timothée Chalamet, mas ele é eficiente como Paul. Mas a melhor do elenco é Rebecca Fergunson como a mãe dele. Ainda fazem parte outros atores que gosto bastante como Oscar Isaac, Josh Brolin, Jason Momoa. Também há participações de Stellan Skarsgard como o grande vilão, Dave Bautista e Charlotte Rampling (bem assustadora). Zendaya e Javier Bardem tem bem pouco a fazer.
Isso porque o filme termina deixando uma porta escancarada para uma segunda parte. A ideia é mostrar uma nova fase da aventura de Paul. O segundo filme, Duna: Parte 2, está em pré-produção. Mas, e se este Duna não for bem de bilheteria como esperam, será que a sequência vai acontecer? Provavelmente não!