“Descobri” Dan Stevens como Matthew Crawley em Downton Abbey. E como todo o mundo, fiquei completamente apaixonada, rs. Quase não acreditei quando ele saiu da série, e depois comecei a acompanhar a carreira dele. Esta é bem diversa. Vai desde uma superprodução da Disney (A Bela e a Fera), uma série bem estranha (Legion) ou ainda um papel totalmente divertido em Festival Eurovision da Canção: A saga de Sigrit e Lars (que eu adoro). Foi então que meu amigo José Augusto Paulo me falou de Permissão. Lá na Europa onde ele mora, Permissão está na Netflix. Aqui atualmente ele está disponível somente para aluguel na Apple TV e na Claro Vídeo. Ele escreveu o texto abaixo sobre o filme. E, além da presença de Dan Stevens, a história me pareceu muito interessante…
Permissão
Assisti a esse filme um tanto quanto por acidente. Entrei na Netflix e era o filme da sugestão na pagina Home. Assisti o trailer e me interessei. Quando me dei conta, o filme tinha começado e eu deixei continuar mesmo não sendo em um dia em que eu geralmente assista filmes. Como aquelas bebidas que se dizem ‘fáceis de beber’, esse filme foi fácil de assistir. E se você acha que vai ser uma daquelas comédias românticas previsíveis… comece o filme e depois veja como a sua percepção mudará.
A história em si parece daquelas que vai lembrar alguém que se conhece. O personagem principal é Will (Dan Stevens de Downton Abbey… levei um tempo para reconhecê-lo… ele parece mais… ‘encolhido’, nesse filme, e tímido como personagem…). Ele e Anna (Rebecca Hall, linda em Vicky Cristina Barcelona e aqui parecendo um gato molhado… nos anos de estudante ela participou do mesmo grupo de teatro que Dan Stevens) se conhecem desde a universidade. Vivem juntos e Will pretende pedi-la em casamento no dia em que ela completar 30 anos. Isso mesmo que a casa que ele está adaptando ainda não esteja pronta.
Na comemoração da data está também um irmão de Anna ( David Joseph Craig, de Boy Erased e, na vida real, o namorado do diretor Brian Crano). Ele leva o namorado (Morgan Spector – de Homeland, e, na vida real, casado com Rebecca Hall). Num certo momento, sugere aos dois que eles precisam conhecer outras pessoas sexualmente antes de se casarem. A ideia intriga Will que a discute com Anna, e eles decidem tentar a ideia.
A crítica
O filme é bonito, elegante, simples quando acreditamos no relacionamento igualmente simplório de Anna e Will. Vai se tornando mais colorido, mais complexo com o avançar da trama. A Nova York do filme deve ter sido filmada no Canadá, mas não importa. Afinal, embora Will seja arquiteto e tenha um negócio vendendo moveis feitos a mão, a cidade não é um personagem. A fotografia adiciona beleza e emoção na dose certa. As discussões de relacionamento não são torturantes e constantes. Talvez porque o filme não seja somente sobre relacionamentos, mas sim sobre o crescimento de cada indivíduo, pelas suas experiências e pelas suas crenças. Mais no sentido de tirar a venda dos olhos do que um teste da força do amor, ou coisa parecida. Se o filme começa candidato a Sessão da Tarde, termina muito mais adulto, sério. Especialmente comprometido com a história e não com a expectativas da plateia.