Goste ou não da trilogia de Matrix, é preciso reconhecer que ela foi revolucionária para o cinema. Fez um monte de fãs ardorosos em todo o mundo, e transformou Keanu Reeves em superstar. E, apesar de Matrix Revolutions ter , em minha opinião, fechado definitivamente a trilogia, a diretora Lana Wachowski resolveu escrever um novo roteiro dessa história. Segundo ela, foi a maneira de lidar com a perda quase simultânea de seus pais e de um grande amigo. Sua irmã Lily, ao contrário, preferiu se afastar de todo o projeto de Matrix Resurrections, que estreia nessa quinta (23) nos cinemas.
O filme se passa 20 anos após os acontecimentos de de Matrix Revolutions. Neo vive uma vida aparentemente comum sob sua identidade original como Thomas A. Anderson em São Francisco. Ele tem um terapeuta que lhe prescreve pílulas azuis para neutralizar as coisas estranhas que ele ocasionalmente vislumbra em sua mente. Ele também conhece uma mulher que parece ser Trinity (Carrie Anne-Moss), mas nenhum deles se reconhece. No entanto, quando uma nova versão de Morpheus oferece a ele a pílula vermelha, Neo reabre sua mente para o mundo da Matrix. Só que este se tornou mais seguro e perigoso nos anos desde a infecção de Smith. Neo volta a se juntar a um grupo de rebeldes para lutar contra um novo e mais perigoso inimigo e livrar todos da Matrix novamente.
O que achei do novo Matrix?
O filme tem duas horas e meia. Confesso que nunca consegui embarcar na história da Matrix dos três filmes originais. Com esse não foi muito diferente. O filme é um tanto cansativo, com muitas explicações, e detalhes que devem fazer a festa dos fãs. Não é o meus caso. Por isso, já com sono, resolvi me concentrar na história de amor de Neo e Trinity. É interessante ver que Lana Wachowski desenha o novo filme como uma linda história de amor. Tudo acontece quando os dois se juntam. Tudo pode ser resolvido com os dois juntos.
O filme tem alguns momentos interessantes. Uma piada sobre o próprio estúdio, a Warner. Há a entrada de um novo Morpheus, feito com louvor pelo sempre interessante Yahya Abdul-Mateen II, do novo Candyman. Lambert Wilson, que aparentemente fez suas cenas separadas do resto do elenco, também tem um momento divertido. O filme ainda tem Priyanka Chopra, Neil Patrick Harris, Jessica Henwick, Jonathan Groff e o retorno de Jada Pinkett Smith como Niobe.
Adaptando-se aos novo tempos, Neo pode continuar a ser o escolhido, mas as mulheres do filme tem papel-chave na história. Não só Trinity, como Niobe e a capitã vivida por Jessica Henwick, de Punho de Ferro. Apesar de vários percalços no meio do caminho, gosto da resolução final. Em tempos tão deprimentes, foi satisfatório. Pelo menos o final!