A vida da princesa Diana já teve um monte de versões. Virou até musical da Broadway, que está disponível na Netflix. Mas as mais famosas são a do filme Diana, com Naomi Watts, que foi um fracasso, e da série The Crown. Com ela, a jovem Emma Corrin ganhou vários prêmios. E agora na quinta temporada, Elizabeth Debicki vai assumir o personagem. Mas, ninguém estava preparado para a atuação de Kristen Stewart como Diana em Spencer. O filme demorou, mas vai estrear nessa quinta nos cinemas.
A história se passa nos anos 1990. Diana passa o feriado do Natal com a família real na propriedade de Sandringham. Diana já sabe o script da realeza, mas esse final de ano vai ser diferente. Após rumores de traição e de divórcio, a princesa se vê em um impasse. Ela percebe que seu casamento com Príncipe Charles já não está dando mais certo e nunca dará. Afinal, o príncipe ama somente Camilla Parker Bowles. Nesses dias, Diana se vê atormentada pelo fantasma da ex-rainha Ana Bolena, também deixada de lado pelo marido.
O que achei de Spencer?
Spencer é apenas uma especulação do que pode ter acontecido durante esses turbulentos dias. Mas o diretor Pablo Larrain o conta de uma maneira claustrofóbica, mais ou menos como fez com Jackie Kennedy em Jackie. O roteiro de Steven Knight mistura ficção com realidade. Inclusive no inicio já descreve o filme como “uma fábula de uma tragédia verdadeira”. Um importante personagem na história, a dama de companhia Maggie, vivida por Sally Hawkins, é baseada em alguém que Knight entrevistou, mas que preferiu permanecer anônima.
Spencer não é um filme fácil de ver. Sim, claro, tem os maravilhosos vestidos, e uma cenografia brilhante. Mas você vai ficar muito tenso tenso com a situação insustentável que Diana vive. Especialmente com o maldito colar de pérolas. E Kristen Stewart faz algo totalmente diferente do que já vimos. Talvez técnica demais, mas é impossível não reconhecer os trejeitos que vimos Diana fazer tantas vezes. Pode ser que ela não ganhe o Oscar – minhas fichas estão em Nicole Kidman. Mas com certeza, é uma das atuações mais intensas que vi nos últimos tempos.