Eu gosto muito de filmes de terror ingleses. Geralmente se passam em casas mal assombradas. Tem uma coisa de dias cinzentos, personagens assustadores, e muito clima! Geralmente dão certo! Às vezes, não. Esse foi o caso de O Ritual – Presença Maligna. O filme estreou hoje nos cinemas. Eu estava bem entusiasmada para ver, mas…
O filme já começa com um assassinato com uma clara influência maligna. Logo depois mostra o novo casal que chega para viver na mesma casa. Marianne, seu marido Lionel e sua filha Adelaide se mudam para a cidade de Borley no interior da Inglaterra. Isso porque Lionel foi nomeado o novo reverendo local. Logo que chegam em sua nova casa, Marianne percebe que estranhos e assustadores eventos começam a acontecer. E há suspeitas de que as pessoas da cidade escondem um segredo terrível. Com a ajuda de um famoso ocultista, Marianne vai testar toda a sua fé. E vai buscar descobrir a aterrorizante verdade sobre a presença maligna que habita sua casa. E pior, deseja possuir sua filha Adelaide.
O que achei desse Ritual?
O Ritual começa bem. É óbvio que há algo por trás da casa, e também sobre a história de Marianne. O problema todo é que há muita coisa por trás disso tudo. O diretor Christopher Smith tentou enfiar um monte de coisas no história. Veja só: espelhos que juntam duas dimensões, bonecas assustadoras, possessão de crianças, poltergeists, monges assustadores. E ainda gangsteres e nazistas!! Tudo isso em uma hora e meia. Com tudo isso, dava para fazer uma série de 13 episódios. Ou seja, é impossível não ficar confuso – e perdido – com essa história. O roteiro vai incluindo novas histórias e elementos até a penúltima cena.
Confesso que lá pela metade parei de tentar entender essa confusão toda, e passei a observar a fotografia, o figurino, o design de produção. Tudo ótimo. Há umas duas ou três cenas assustadoras. O elenco também se destaca. Especialmente Jessica Brown Findlay, de quem você deve se lembrar como Lady Sybill de Downton Abbey. Ela constrói Marianne sexy e rebelde, com grande carisma. John Heffernan também funciona como o atormentado Linus (lembra dele como Jonathan da minissérie Dracula, da Netflix?). E o filme ainda tem Sean Harris, que é eficiente desde o vilão de Missão impossível até o rei em Cavaleiro Verde.
Mas infelizmente esqueceram de colocar uma ordem no roteiro. Eta filminho confuso!