Sempre digo que não adianta querer tentar escrever uma crítica dos filmes de Michael Bay. Você sempre sabe o que esperar. Tem um monte de explosões, diálogos pobrezinhos, câmera nervosa, e uns 20 minutos a mais do que deveria. Rsrsrs. Ou seja, quem gosta sabe o que esperar. E quem não gosta também. Agora, ele chega com Ambulância: Um Dia de Crime, que estreia nessa quinta nos cinema. Você já sabe o que esperar, então vamos à história!
William Sharp é um veterano do exército, mas está de volta e precisa arrumar um emprego e muito dinheiro. Sua esposa recebeu o diagnóstico de uma doença que precisa de uma cirurgia o quanto antes possível. Mas isso lhe custara mais de 200 mil dólares. Desesperado para salvar a esposa, William pede ajuda para seu irmão, Danny, um ladrão de longa data. Danny tem um plano ambicioso para roubar mais de 30 milhões de dólares. E precisará de táticas do exército para assaltar um banco. Tudo ocorre bem no dia, até que eles acidentalmente atiram em um policial. No meio da correria, eles saem dirigindo uma ambulância e usam o policial e a socorrista como reféns.
O que achei de Ambulância: Um Dia de Crime?
É impossível não lembrar de Velocidade Máxima enquanto assiste Ambulância. As perseguições por toda Los Angeles, com policiais seguindo de perto, está tudo lá. Tem um pouco de Bad Boys, e também de todos os filmes de roubo a banco que você já viu. Ou seja, tem cara dos anos 90. Na verdade, ele é baseado em um pouco conhecido filme dinamarquês de 2005 do mesmo nome.
É um bom trabalho de Michael Bay – muito, mas muito melhor que o seu último, o chatíssimo Esquadrão 6. Mas o amarelo continua predominando na fotografia, todo mundo sua muito. E drones e câmeras nervosas estão presentes todo o tempo. A história é boa, mas muito esticada com suas quase 2h20 minutos. Entretanto há os pontos positivos.
O elenco, é claro, é o principal. Yahya Abdul-Mateen II tem boa presença e funciona, assim como em O Legado de Candyman e o novo Matrix. Eiza Gonzalez tem uma personagem que não precisa ser sexy, nem fazer biquinho. É uma profissional eficiente em seu trabalho, e que se vê em uma situação inusitada. E claro, Jake Gyllenhaal. Jake, mesmo enlouquecido como é o caso aqui, vale sempre o ingresso. É bom em qualquer situação. O que fica é que mesmo com todas as explosões e diálogos bobinhos, o elenco com que você se envolva e até se emocione no final de Ambulância.