Os dois filmes de Kingsman, feitos em 2014 e 2017 , foram grandes sucessos. Ambos vieram do desejo do diretor Matthew Vaughn de fazer um filme de James Bond – ou algo similar. Eles fizeram uma grande homenagem ao gênero, com Taron Egerton e Colin Firth como agentes de uma organização de espiões paralela. Os dois estão disponíveis no Star Plus. E depois disso tudo, Vaughn resolveu fazer um prequel, para contar a história da origem dos Kingsman. King’s Man: A Origem deveria ter chegado nos cinemas em novembro de 2019, mas sofreu vários adiamentos, até estrear em dezembro de 2021. Eu acabei perdendo a sessão para a imprensa, e só vi agora streaming (também está no Star Plus). A ideia é boa, a execução nem tanto…
O que achei de King’s Man: A Origem?
Abalado pela morte de sua esposa, Orlando Oxford (Ralph Fiennes) tenta proteger seu filho (Harris Dickinson) dos males da vida. Mas, à medida que seu filho cresce e se torna um homem, a Grã-Bretanha é consumida pela guerra. E o seu filho fica cada vez mais difícil de controlar. Só que não importa o quanto se tente, algumas coisas estão simplesmente predestinadas. Ao acompanhar o Arquiduque Ferdinand em um passeio, pai e filho o salvam de uma bomba. É o estopim para o começo da I Guerra Mundial. Os dois então partem para a Rússia para investigar outro grupo de agentes secretos. E descobrem que Rasputin (Rhys Ifans) também faz parte de um grupo que quer eliminar os Czares e mais guerra.
A sensação que fica é de um monte de filmes junto. Tem obviamente um pouco de James Bond, um tanto de 1917, e, claro, algo dos dois Kingsman anteriores. Tenta em certos momentos falar seriamente sobre política, guerra e pacifismo. Mas aí lembra, em algumas poucas sequências, que tem que ser divertido também. Eu gosto da ideia de misturar personagens históricos verdadeiros com os heróis da ficção. Mas, a falta de direcionamento acaba deixando o espectador meio tonto, e sem saber direito qual o tipo de filme que está assistindo.
Elenco e produção
Há boas cenas, que lembram os dois filmes de Kingsman. A direção de arte, valores de produção, fotografia, figurino – tudo é de primeira linha! As lutas coreografadas são ótimas – tanto com Rasputin quanto no duelo final. Aliás, falando disso, a identificação do vilão (que sempre aparece de costas) demora muito para acontecer, e parece que este foi escolhido por sorteio, rsrs. E o interessante é que o elenco realmente se esforça. Isso inclui Ralph Fiennes e Harris Dickinson. Djimon Hounson e Gemma Arterton são ótimos, mas estão desperdiçados como os assistentes de Oxford. Dá vontade de ver mais deles, o que se vê na tela acaba sendo pouco. E tem um monte de participações especiais! Daniel Bruhl, Matthew Goode, Aaron Taylor-Johnson, Charles Dance, Valerie Pachner, Alexandra Maria Lara, Stanley Tucci. Pena King’s Man: A origem seja tão cansativo!