Já aviso logo: Sobrenatural: Capítulo 2 assusta. O diretor James Wan, que fez o primeiro e igualmente bom Sobrenatural, sabe como levar o suspense das cenas ao seu limite. Ou seja, você sabe que algo vai acontecer, só não sabe em que momento. E invariavelmente acontece numa hora que você não espera.
James Wan é da Malásia e dirigiu os dois melhores filmes de terror do ano: este e Invocação do Mal, ambos estrelados por Patrick Wilson. Mas um de seus primeiros filmes foi Jogos Mortais, também de terror, mas um tipo totalmente diferente. Ou seja, ele sabe se reinventar e mesmo dentro de um mesmo gênero é capaz de criar formatos diferenciados.
Aqui em Sobrenatural: Capítulo 2 ele também não esquece o humor, com dois personagens que incorporam os caça-fantasmas e que são muito bons: Specs e Tucker (Leigh Wannel e Angus Sampson). Dão um alívio bem-vindo após momentos de tensão.
É recomendável assistir o primeiro filme, já que assim é possível aproveitar ainda mais a história (o roteiro também explica certas coisas aparentemente sem importância que aconteceram ) Mas , como qualquer filme produzido hoje em dia , não é absolutamente necessário assistir o primeiro. Você vai embarcar no suspense de qualquer jeito.
Aqui, a família Lambert está novamente reunida após os acontecimentos do primeiro filme mas há algo de estranho com o pai, Josh. Apesar de terem se mudado para a casa de Lorraine, mão de Josh, coisas estranhas continuam a acontecer. E eles ainda tem que investigar um mistério envolvendo uma criança que pode tê-los deixado conectados com o mundo espiritual. Atenção especial ao andador barulhento!
Todo o elenco retorna e Patrick Wilson está especialmente bem. Normalmente um ator meio sem graça, ele consegue demonstrar a dualidade do personagem. Outro destaque é o menino Ty Simpkins (que já havia trabalhado anteriormente com Wilson em Pecados Íntimos). Lindo e doce, ele é Dalton, que tem o poder de viajar para o “outro lado”.
Prepare-se para sustos, medo e muita diversão. Para aqueles que gostam da experiência de ver um bom filme de terror nos cinemas, é um prato cheio.
Eliane Munhoz