Downton Abbey foi uma série que marcou época. Teve seis temporadas, foi super premiada – está disponível na Amazon Prime. Em 2019, houve um filme que dava continuidade à história e foi um surpreendente sucesso de bilheteria (está na Netflix). E como deu certo, é claro que uma sequência viria a seguir. Downton Abbey 2: Uma Nova Era, que estreia nessa quinta nos cinemas, é um fechamento dessa história e um enorme presente para os fãs. É provável que se você não viu a série e o primeiro filme, não conseguirá aproveitar essa história como deveria. Eu ri muito, e chorei muito. Amei o filme!
Depois de hospedar a família real, os Crawley estão em festa com o casamento de Tom Branson e Lucy Smith. Mas logo a seguir, eles irão se meter em duas novas aventuras. Um dia, a Condessa Viúva chama seu filho e sua neta mais velha para contar um segredo. Ela herdou uma villa no sul da França. Ao ser questionada, ela diz que foi um estranho que lhe deixou a propriedade. É quando sem saber exatamente o que houve, a família Crawley decide ir para lá e desvendar o mistério. Enquanto isso, Mary tem que ficar em Downton para gerenciar uma equipe de cinema que vai filmar por lá. E, junto com os empregados, acaba tendo uma participação maior do que poderia imaginar. E claro, essas são apenas as duas histórias principais. Na tradição de Downton Abbey, há muitas outras para contar…
O que achei do filme?
Quando você acompanha personagens tão fascinantes por tanto tempo, é como se eles fossem próximos, quase amigos. E com isso, há um envolvimento profundo com toda a história. É o meu caso com Downton Abbey. E para quem é fã como eu, o filme providencia resoluções e momentos inesquecíveis. Todas as histórias são resolvidas, isso inclui os nobres e o empregados.
Há momentos divertidíssimos. Claro, muitos deles, pela boca de Maggie Smith, que continua aqui a ser a alma dessa história como Lady Violet. Há um enorme número de piadas sobre atores, e sobre cinema. Também há um pouco de homenagem à Cantando na Chuva, já que a época é a da transição dos filmes mudos para os falados. Repare na cena em que os empregados tem que participar do filme. Eu rolei de rir. Até Lady Mary está divertida.
Há alguns probleminhas. Especialmente a ausência de Matthew Goode, como Henry, o marido de Lady Mary. Mas o criador Julian Fellowes teve uma boa saída, que envolve o personagem de Hugh Dancy, o diretor do filme. Adorei a conversa dele com Lady Mary, onde relembram Matthew e falam sobre a realidade da vida com Henry. Outro probleminha é a maquiagem laranja de Hugh Bonneville. Eu não conseguia tirar os olhos dele, rsrs. Mas, o filme conta com algumas novas participações sensacionais. Dominic West e Laura Haddock (de Os Demônios de DaVinci) estão ótimos como os astros de cinema da velha Hollywood. E ainda a atriz francesa Nathalie Baye, que arrasa como a mulher do ex-namorado de Lady Violet.
O filme começa com um casamento, e termina com um funeral, na melhor tradição inglesa, rs. Dá uma chance para cada um dos deliciosos personagens brilhar. Um despedida perfeita. E para quem é fã deles, é um triunfo total.