A gente teve que esperar três anos pela nova temporada de Stranger Things na Netflix. Para quem é fã foi muuuitooo tempo. Mas a série voltou com sete episódios, todos com mais ou menos uma hora, ou mais. Os dois episódios finais – dessa temporada, porque a quinta já foi confirmada – vão estrear no dia 1 de julho. Tudo ficou num momento de cliffhanger. Mas será que valeu a espera? Óbvio que sim. A série tem personagens apaixonantes, e teve momentos ótimos. Mas …
Primeiro a história. Como a gente ficou sabendo no final da terceira temporada, Joyce, os filhos, e Eleven se mudaram para a Califórnia. Jim foi dado como morto, mas acabou numa prisão na Rússia. E os demais ficaram em Hawkins vivendo a vida. Quando a temporada começa, Eleven está sem seus poderes, e enfrentando vários problemas com bullying. Nesse momento, Mike vai visitá-la no feriado. Só que uma morte estranha dá a entender que os problemas vão recomeçar.
O que achei dessa primeira parte da Temporada 4?
O grande charme de Stranger Things era o grupo. Com todos unidos protegendo uns aos outros, você acreditava que tudo era possível. Só que como é normal em séries com grandes elencos (sim, The Walking Dead), os produtores acham que devem separar o que funciona para conseguir contar mais histórias. E foi o que aconteceu com essa temporada de Stranger Things.
Alguns núcleos continuam a funcionar, como o grupo que ficou em Hawkins. Steve e Dustin sempre ótimos. Robin, de Maya Hawke, muito divertida. Nancy, que sempre foi tão chata, e nessa temporada se redime. Max, que tem os melhores momentos no episódio 4, e funciona sempre. E ainda Erica, e seu irmão Lucas, que começa a temporada afastado, mas depois volta a se juntar ao grupo. Eles tem os melhores momentos. Especialmente com a adição de Eddie Munson, feito por Joseph Quinn. O personagem é divertido e tem tudo a ver com os demais.
Entretanto os demais núcleos têm problemas. O da California, com Mike, Will, Charlie e o novo amigo dele, Argyle, ainda conseguem arrancar algumas risadas. Mas são tão dispensáveis que nem aparecem no episódio final. O arco de Jim na Rússia até parece uma outra série, seja em tom ou em história. As participações de Joyce e Murray ainda melhoram um pouco tudo, mas é aquela hora que dá vontade de olhar o celular (rs). Mas o mais chato de tudo é mesmo o arco de Eleven dentro do laboratório. Repetitivo ao extremo, só ganha importância no último episódio. Mas mesmo assim, é extralongo. Aliás, esse é um grande problema da temporada. Tudo parece esticado demais. E tudo que eu queria era ficar em Hawkins com o grupo resolvendo os mistérios. E, claro, conhecendo o novo grande vilão.
Mas…
Mas, o bom é que sendo Stranger Things, é tudo lotado de referências. Desde Picardias Estudantis, até Carrie, passando por Freddy Krueger – com a participação pequena, mas bem especial, de Robert Englund. Aliás, a série tem momentos de bom terror. Os efeitos especiais são bem grandiosos. E tudo se passa em 1986, portanto é uma delícia de ver a breguice dos anos 80, rsrs. Ainda há a participação ótima da namorada de Dustin, a revelação do vilão, a dupla de Robin e Nancy, e todo o episódio final, que nos deixa engatilhados para ver os dois finais que chegarão em julho. Ou seja, mesmo com todos os problemas, a gente quer ver sempre mais de Stranger Things. E especialmente espera que todos estejam juntos de novo!