Ansel Elgort fez Homens, Mulheres e Filhos logo depois do enorme sucesso de A Culpa é das Estrelas. E nada poderia ter sido melhor para comprovar seu talento e versatilidade. Ok, o filme foi um fracasso nos Estados Unidos, mas isso foi uma grande injustiça. Homens, Mulheres e Filhos, que estreou este fim de semana nos nossos cinemas, é um filme bom, importante no momento em que vivemos e, principalmente, tem excelentes atuações de seu elenco.
São várias histórias paralelas, interligadas de alguma maneira, que mostram como as pessoas ainda não aprenderam direito a lidar com a exposição excessiva na internet. Donna (Jane Greer) é a mãe de uma linda líder de torcida (Olivia Crocicchia), que sonha em ser famosa. As duas acabam montando um site com fotos sensuais da menina. O casal Don (Adam Sandler) e Helen (Rosemarie DeWitt) buscam em sites de pornografia e de relacionamento alternativas para uma vida que não os satisfaz. Já Allison (Elena Kampouris) é uma jovem virgem que perdeu muito peso para se adequar ao ideal de beleza e se tornou bulímica. Brandy Beltmeyer (Kaitlyn Dever) não pode dar um passo sem sua mãe (Jennifer Garner) saber, já que ela monitora celular (com GPS) e computador . Brandy começa um relacionamento com Tim (Ansel Elgort), que largou o time da escola depois que a mãe abandonou a família. Deprimido, passa horas jogando na internet enquanto o pai não sabe o que fazer para se aproximar dele.
Com narração de Emma Thompson, o filme é dirigido com talento por Jason Reitman, e nos leva a conhecer intimamente a vida de todas essas pessoas. Não ensina como resolver os problemas. Mas mostra que a falta de diálogo é um problema grave entre Homens, Mulheres e Filhos. Assim como em seus dois filmes anteriores, o forte Jovens Adultos e o belo Refém da Paixão, mostra personagens interessantes e verdadeiros. Vale a pena conhecer!
Eliane Munhoz