Para todos que amam os filmes de Toy Story (ou seja, todo mundo que já assistiu, rs), Lightyear tem um apelo especial. A animação, que estreia nessa quinta nos cinemas, é um adendo à história de Andy e seus brinquedos. Logo no primeiro minuto de Lightyear, uma cartela anuncia que esse era o filme preferido de Andy. E foi por isso que sua mãe lhe deu um brinquedo de Buzz Lightyear. Só isso já provoca um envolvimento especial, uma empatia pelo que se segue. mas tem mais…
A história acompanha o lendário patrulheiro espacial. Por um problema , ele e os passageiros de sua nave acabam abandonados num planeta hostil a 4,2 milhões de anos-luz da Terra, T’Kani Prime. Buzz não se conforma com isso e tenta tenta encontrar a todo custo um caminho de volta para casa através do espaço e tempo ao lado de sua comandante e sua equipe. Só que o tempo passa (mas não para todos). É quando a situação muda e um grupo de recrutas ambiciosos e o encantador gato-robô de companhia, Sox, se juntam ao herói. Para complicar a situação, Zurg, uma presença imponente, e seu exército de robôs impiedosos querem dominar tudo.
O que achei?
O filme é inundado de referências. Não só aos filmes de Toy Story – Para o Infinito e Avante é só uma delas. Mas também de todos os grandes clássicos de ficção científica. Isso inclui Star Trek, Star Wars, Alien, 2001 – Uma Odisseia no Espaço, entre tantos. Isso já conquista. Mas a história também é boa. tem a mensagem que é importante trabalhar em grupo, confiar nos outros, e aceitar as pessoas como são. Inclusive há um casal gay no filme que fez com que Lightyear fosse proibido em vários países. Uma pena, pois tudo é apresentado com grande delicadeza e respeito. O probleminha entretanto é que a história demora um pouquinho demais para engrenar. O filme tem 1h45, mas com uns 15 minutos a menos, poderia funcionar melhor.
Só que tudo isso é desculpável pelo charme de Buzz, seus companheiros – de todos os tempos – e principalmente do gatinho Sox. Mais um daqueles acertos da Disney, que com certeza vai vender um monte de brinquedos (quero um também tá Disney?). Rsrs! Eu vi o filme na versão dublada, ou seja sem a interpretação de Chris Evans no original no papel- título. A experiência vai ter que ficar para quando o filme estrear no Disney Plus. Por aqui, a dublagem de Buzz foi feita por Marcos Mion. Ele está bem, tanto que só percebi que era ele quando vi os créditos finais. Rsrs!
No final, claro que Lightyear não é um clássico como Toy Story, mas funciona e diverte. Especialmente se você é fã de ficção-científica.
O documentário
Acompanhando a estreia do cinema, o Disney+ disponibilizou o documentário Ao Infinito e Além: Buzz e sua Jornada para ser Lightyear. Apresenta cineastas, contadores de histórias, artistas e membros do elenco de voz de Lightyear. A produção ainda detalha como o design original de Buzz surgiu e como esse visual se traduziu anos depois no herói da vida real do novo filme. Segundo a Disney, o documentário tem como objetivo mostrar o que está no infinito. E também aprofundar o impacto cultural do brinquedo voador e sua importância para os cineastas da Pixar.