Gloria Pires é uma daquelas unanimidades. Eu não conheço ninguém que não seja fã. Acompanho a carreira dela há muito tempo. E a cada papel, seja na TV ou no cinema, ela sempre se supera. Foi o caso de A Suspeita, que estreia nessa quinta nos cinemas. Pelo filme, Gloria venceu o Kikito de melhor atriz no Festival de Gramado do ano passado. Está realmente sensacional.
Gloria faz o papel de Lúcia. Ela é uma comissária exemplar da inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Diagnosticada com Alzheimer, começa a articular sua aposentadoria. Só que durante a investigação do que seria seu último caso, Lúcia descobre um esquema. E o pior, acaba se transformando em uma das suspeitas. Entre os desdobramentos das investigações e os lapsos de memória, ela precisa lutar por sua vida. E ainda descobrir que é o culpado.
O roteiro tem um diferencial que é misturar a trama policial com o problema de saúde da comissária. Poderia ter rendido um drama eficiente. O problema é que a abordagem é feita sem grande inspiração. A história de transformar Lucia em suspeita é meio uma “forçação de barra”. E além disso, tudo é meio cansativo, genérico e lento. Pedro Peregrino pode funcionar nas séries de TV, mas em sua estreia no cinema demonstrou que precisa se aprimorar mais. O que se destaca é a atuação de Gloria como Lucia. Ela segura o filme com talento e força. Valeu o prêmio em Gramado.
Eu conversei com Gloria e com Pedro Peregrino sobre o filme. Foi muito bom. Gloria é uma simpatia. Veja abaixo: