Minha sugestão antes de ir ao cinema assistir O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos é rever os outros dois filmes da saga: Uma Jornada Inesperada e A Desolação de Smaug. Assim, você vai estar com todos os detalhes em mente para aproveitar melhor o filme, que estreia este fim de semana nos cinemas. Ainda mais porque não há resumo antes. Já começa direto de onde A Desolação de Smaug terminou, com o dragão que tem a voz de Benedict Cumberbatch saindo do castelo para atacar a cidade.
Além de lutar contra Smaug, Bilbo (Martin Freeman) e seus amigos tem que enfrentar uma terrível batalha (a dos Cinco Exércitos, que dura 45 minutos). Enquanto isso, Thorin (Richard Armitage) dá sinais que está ficando obcecado pelo ouro, Tauriel (Evangeline Lily) claramente declara sua preferência entre seus dois pretendentes. E Galadriel (Cate Blanchett) aparece novamente para dar uma grande ajuda a Gandalf (Ian McKellen).
No início, Peter Jackson tinha planos de fazer apenas dois filmes da história do Hobbit. As filmagens de ambos terminaram em julho de 2012. Quando foi decidido que seria uma trilogia como O Senhor dos Anéis, o final do primeiro filme se tornou o início do segundo. E o começo do terceiro filme se transformou no final do segundo. Cenas adicionais foram escritas e filmadas durante meados de 2013.
Com isso, é natural que A Batalha dos Cinco Exércitos tenha momentos de “encher linguiça”. Mesmo sendo o mais curto de todas as aventuras da Terra Média, ele ainda parece um pouco longo. Tem até uma cena de Bilbo e Gandalf com o cachimbo quase no final, que parece um pouco piada interna sobre como tiveram que adicionar cenas a mais no filme.
É claro que é uma grande produção com ótimas atuações. Martin Freeman é sempre bom e deu uma candura emocionante a Bilbo. Richard Armitage tem uma presença que mexe com a maioria das mulheres. E é sempre um prazer ver veteranos como Christopher Lee como Saruman(impressionante aos 92 anos) ou Ian Holm (o Bilbo mais velho). Enfim, é um desfecho satisfatório para uma saga tão importante para o cinema.
Eliane Munhoz