Ok, a gente já sabe faz tempo que O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder é a produção mais cara já feita para o streaming. E agora que a primeira temporada está disponível completa na Prime Vídeo, é possível dizer que a gente consegue ver onde todo o dinheiro foi gasto. Para que você saiba, foi 1 bilhão de dólares para duas temporadas. A produção é sensacional, com um grande cuidado nos detalhes, além de uma grandiosidade pouco vista. Mas… sempre o “mas”, a série não me conquistou.
Começando pela história. Para quem é fã dos filmes de O Senhor dos Anéis, já aviso que a trama se passa milhares de anos antes da aventura de Frodo. Tem foco em um momento da história em que grandes poderes foram forjados, reinos ascenderam e também ruíram. Tudo ao mesmo tempo em que heróis foram testados e tiveram a esperança quase aniquilada pelo grande vilão do universo de Senhor dos Anéis. A série começa em um momento de paz, quando o elenco de novos e antigos personagens precisam enfrentar o ressurgimento do mal. E ele vem das profundezas mais escuras das Montanhas Sombrias. Os reinos e personagens irão esculpir legados que viverão por muito tempo depois que eles se forem.
O que achei?
Há personagens que estavam presentes nos filmes. É o caso, por exemplo de Galadriel, a elfa que foi feita por Cate Blanchett, e que aqui é personificada por Morfydd Clark. E também há outros de quem a gente sempre ouviu falar como Sauron ou Isildur. Na verdade, uma grande intenção da série é que você reconheça locais, nomes, e, claro, anéis. Entretanto, apesar da vontade de amar dos fãs, e da fantástica produção, a série tem problemas. E isso, claro, começa com a história.
Os Anéis do Poder perde ao dividir. São muitos personagens que são apresentados ao mesmo tempo – e que acabam deixando você perdido. Tudo é superficial, desconectado. E claro, faz lembrar as quase 10 horas de filmes dirigidos por Peter Jackson com saudade. E isso fica ainda mais evidente ao perceber que a personagem principal, Galadriel, é tão insuportável, chata mesmo. Quando é impossível gostar da heroína, o conteúdo tem problemas. A personagem mais interessante acaba sendo a pé-peluda Nori, antepassada clara de Frodo.
O final da temporada ainda salvou a situação. Tem revelações interessantes, e um momento importante envolvendo os anéis. Mas isso não é suficiente para virar fã. Confesso que foi difícil passar do primeiro episódio. Os Anéis do Poder ainda teve o problema de ser lançado ao mesmo tempo que outra série derivada épica, A casa do Dragão (HBO Max). Essa sim, envolve, choca, e dá continuidade com louvor ao original (no caso, Game of Thrones). Infelizmente, ficou para a segunda temporada de Os Anéis do Poder resolver os problemas da história.
Eloisa
15 de outubro de 2022 às 10:00 am
Escreveu tudo exatamente o que achei!!! Entendi muito pouco daquele tumulto de gente!!! A “heroína” péssima!!! Sem nem um mínimo de atrativo!!! É como vc escreveu: o que salvou foi a pé- peludo Nori e o gigante c/quem ela vai embora(ñ sei o nome dele na série) nem quem é o artista!!! Ok fui até o fim!!! Mas é o que vc escreveu: a espetacular é a casa do dragão!!! Amando
Eliane Munhoz
15 de outubro de 2022 às 9:27 pm
Uma pena, né? Tanto dinheiro gasto na produção, deveriam ter dado mais atenção ao roteiro.