Eu sou fã de Diane Lane desde sempre. É uma de minhas atrizes favoritas. Já inclusive dei dicas de filmes com a atriz disponíveis no streaming (veja aqui). E fazia um bom tempo que queria ver o filme que a reúne de novo com Kevin Costner, Deixe-o Partir. Eles já haviam trabalhado juntos em O Homem de Aço, e aqui são novamente um casal. Vale ver o filme que está disponível no Star Plus.
Deixe-o Partir foi lançado em 2020. Mostram a vida tranquila do xerife aposentado George Blackledge (Kevin Costner) e sua esposa, Margaret (Diane Lane). Só que um tragédia acontece. Um tempo depois, a nora, Lorna (Kayli Carter) se casa novamente e se muda com o filho pequeno. Margaret percebe que há algo errado. Quando vai visitar os dois, percebe que Nora e o marido levaram o menino embora. É quando George e Margaret resolvem ir atrás do garoto. E descobrem que eles foram morar em uma região isolada, com a família perigosa comandada pela matriarca, Blanche Weboy (Lesley Manville). Quando os avós descobrem as situações duvidosas que rondam a família Weboy, eles vão tentar resgatar seu neto a todo custo.
O que achei?
O filme se baseia no livro de Larry Watson. A princípio, conta uma história de família que sofre perdas difíceis de suportar. E é então que a personagem de Diane Lane se sobressai. Ela é quem resolve tomar uma atitude, e ir atrás do neto. Ao personagem de Kevin Costner, um ex-homem da lei local, só resta acompanhar para protegê-la. E que maravilha ver esses dois juntos. Nos mínimos gestos, você vê e acredita que esses dois se amam, se compreendem, e estão sempre preocupados com o outro. Só olhar esses dois na tela já vale o filme.
Mas há mais. Uma bela fotografia, e reconstituição de época (o filme se passa nos anos 60). E também uma interessante passagem de roteiro. O que na primeira metade de Deixe-o Partir parece um belo drama sobre perdas, muda totalmente. Passa a ser um suspense psicológico, quando os dois finalmente chegam à pequena cidade (sempre elas, rs). Aí entra a família bem doida capitaneada pela matriarca (um delícia de atuação exagerada de Lesley Manville), e o irmão dela (Jeffrey Donovan). Aí o filme muda totalmente de tom – e o melhor, não faz concessões. Acontecem coisas inesperadas, e isso é bom! Repare especialmente na cena da invasão do quarto de hotel. É para ficar bem tenso.
Ou seja, Deixe-o Partir é, ao lado de Cyrano, um dos melhores filmes que vi este ano – só que nenhum deles foi lançado em 2022. É muito bom ter essas surpresas boas com filmes que a gente acabou perdendo no passado.
Curiosidade: quando Margaret vai visitar o neto e descobre que ele não está mais lá, o apartamento é o mesmo em que Jake Gyllenhaal vai visitar Heath Ledger depois de anos separados em O segredo de Brokeback Mountain.