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Os prós e os contras do novo filme do Pantera Negra

A morte inesperada de Chadwick Boseman deixou a Marvel com um grande problema nas mãos . O que fazer com a franquia de Pantera Negra, sem seu ator principal? E pior, que se foi de uma forma que emocionou a todos. O diretor e roteirista Ryan Coogler já disse em entrevistas que teve que mudar completamente o que imaginava para o filme.  E o que ele resolveu está chegando aos cinemas nesta quinta em Pantera Negra: Wakanda para Sempre. O filme tem bons momentos, mas em geral, enrola bastante.

O filme começa com a morte de T-Challa. E já de início, já aviso que você vai chorar. Só que depois desse prólogo, esse novo Pantera Negra já começa a demonstrar que tem problemas. Rainha Ramonda (Angela Bassett), Shuri (Letitia Wright), M’Baku (Winston Duke), Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milage lutam para proteger a nação fragilizada de outros países após a morte de seu rei. O povo de Wakanda se esforça para continuar em frente neste novo capítulo, a família e amigos do falecido rei precisam se unir. Tudo com a ajuda de Nakia (Lupita Nyong’o), e Everett Ross (Martin Freeman). Em meio a isso tudo, Wakanda ainda terá que aprender a conviver com a nação debaixo d’água, Atlantis, e seu rei Namor (Tenoch Huerta). E é daí que surge a maior a maior ameaça.

O que achei do filme?

O novo filme do Pantera Negra tem um excelente início, já mostrando a morte de T-Challa por uma doença misteriosa. É impossível não se emocionar. Até aquela abertura da Marvel com o logo mostra somente cenas dele, como uma grande homenagem. Esse é o prólogo. A partir daí, o filme começa a história completamente sem pé nem cabeça, que vai colocar o reino de Wakanda em perigo devida a ameaça dos seres submarinos de Talokan. Quem acompanha os quadrinhos vai notar a mudança. Lá Namor era o príncipe de Atlantis, mas no filme o reino mudou completamente. Não só para introduzir uma temática latina, na verdade maia, mas também para diferenciar da Atlantis de Aquaman. Afinal, é do estúdio vizinho, rs.

Só que é tudo enrolado e devagar. Há uma sequência onde Shuri conhece o reino, que parece que ela está fazendo um tour por dentro de alguma atração dos parques da Disney. E que ainda é longuíssima. Além do mais, o povo azulado do local parece reutilizado de Avatar, rs. Só que o que realmente incomoda em suas 2h40 de duração é uma história extremamente repetitiva. As sequências de ação parecem ser sempre as mesmas (a batalha final é surreal de tão improvável). E Shuri passa a ser a personagem principal, e não tem nada da empatia com o público que demostrou ter no primeiro filme.

O elenco

Há também vários personagens que são totalmente dispensáveis. É o caso de Martin Freeman (Everett Ross) e Julia Louis-Dreyfuss (Val). Desperdiçados como coadjuvantes de luxo.  O filme também apresenta uma outra personagem conhecida dos quadrinhos, Riri Williams, ou Ironheart. Esta ganhará em breve sua própria série no Disney Plus. É ok, mas nada mais que isso. O mesmo ocorre com Tenoch Huerta, o Namor. Falta carisma para este vilão! E isso é mais um problema para o filme.

Entretanto, além do início, Pantera Negra: Wakanda para sempre tem outras coisas positivas. A maior delas é Angela Bassett. Estou para ver alguém que passe tanta realeza e força como a atriz. Danai Gurira  e Lupita Nyong’o também estão ótimas, como sempre.  Aliás, o filme mostra as mulheres tomando conta da situação –  e isso é sempre uma coisa positiva, especialmente nesse universo de super-heróis.

E ainda…

E claro há também uma participação muito especial – #semspoiler. Eu tenho certeza que muita gente vai embarcar na história. Ainda mais porque o filme termina com um tom emocionante, assim como começou. E isso continua na cena do meio dos créditos (só há uma). Com isso, a audiência acaba até saindo com uma sensação positiva do cinema. Mesmo que tenha sido enrolado por duas horas. Ah, e fica o aviso, Pantera Negra vai voltar…

 

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