Christian Bale para mim é um dos melhores atores da atualidade, se não for o melhor. Dessa forma, quando vi que a Netflix ia lançar O Pálido Olho Azul com ele, fiquei imediatamente interessada. Ainda mais porque o filme é uma daquelas histórias de detetives meio góticas que se passam no século 19. E ainda faz uma coisa que adoro, mistura personagens reais com ficcionais. O filme já está disponível. É interessante, mas poderia ter uma edição mais concisa.
O Pálido Olho Azul se baseia no romance best-seller de Louis Bayard. Trata-se de um suspense policial gótico, sobre assassinatos que ocorrem na Academia Militar dos Estados Unidos. O detetive aposentado Augustus Landor (Christian Bale) fica encarregado de investigar essas morte e seus aspectos estranhos. Logo, Landor começa sua investigação, um novo assassinato acontece. É quando o detetive começa a receber ajuda de um jovem cadete que o mundo viria a conhecer futuramente como Edgar Allan Poe (Harry Melling).
O que achei?
A história é extremamente interessante. Há também um clima sombrio, uma fotografia excepcional. Isso sem contar o elenco, sobre o qual falarei mais pra frente. Em alguns momentos o filme me lembrou Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros, outras, as aventuras de Sherlock Holmes, com Robert Downey Jr. . Mas, confesso que achei em certos momentos que há muita enrolação, especialmente no que diz respeito ao personagem de Edgar Alan Poe. Apesar da excelente atuação de Harry Melling (que a gente conhece bem dos filmes de Harry Potter e de A Tragédia de Macbeth), eu senti falta de mais Christian Bale. E com isso também, há um certo desperdício de Charlotte Gainsbourg e de Gillian Anderson. Estas, mesmo assim, tiram leite de pedra, e marcam presença.
Na última meia hora, entretanto, O Pálido Olho Azul se torna mais eficiente. Há ação, terror, e ainda uma reviravolta, que mostra a razão principal do interesse de Christian Bale pelo papel. É ali que ele faz a diferença. Christian já fez outros dois filmes com o diretor Scott Cooper, Hostis e Tudo por Justiça. Obviamente são amigos e já disseram que pretendem trabalhar juntos novamente. Entretanto, há alguns momentos, que o diretor se alonga em determinadas tomadas. Ele “passa do tempo” no corte da cena. Será que alguém notou isso? Acontece em cenas de Christian e também de Robert Duvall, que aparece em duas sequências. Essa coisinhas acabaram chamando minha atenção e tiraram a atenção da história. Por essa “alongamento” em cenas, sequências e na história, e , ficou para mim a sensação de que O Pálido Olho Azul é bom, mas poderia ter sido sensacional.