Já falei aqui que vejo poucos documentários. Muito menos do que gostaria. Mas sempre acabam entrando outras prioridades na frente. Entretanto quando as histórias tem a ver com astros de Hollywood, dou um jeitinho de “passar na frente”, rsrs. Vi já alguns excelentes, como a história de Jane Fonda (HBO Max), Desi Arnaz e Lucille Ball (Prime Vídeo), ou ainda o de Sidney Poitier (Apple TV Plus). E agora, depois que ele ganhou o prêmio de melhor documentário pelo National Board of Review, resolvi assistir Sr., que está na Netflix.
Ele conta a história do diretor Robert Downey, que vem a ser – claro – pai de Robert Downey Jr. O astro da Marvel faz uma homenagem a seu falecido pai. Relembra a vida e a carreira do cineasta Robert Downey Sr., que faleceu em 2021 por complicações da Doença de Parkinson. Seu pai atuou em mais de 20 trabalhos e dirigiu 18 produções, entre longas, curtas e episódios de série de TV. Deixou um grande legado para a família e para o cinema.
O que achei?
Mas o filme não deixa de apontar os problemas de família. Desde as loucuras cinematográficas de Sr, como Robert o chama, até as falhas como pai. Sr. inclusive faz uma mea culpa do erro que foi ter apresentado as drogas para o filho. Afinal, como todo mundo sabe, Robert foi dependente durante muitos anos. Só conseguiu dar a volta por cima com O Homem de Ferro. O documentário mostra a relação de pai e filho, discute os filmes e escolhas de Sr. Quando o documentário começa, Sr. ainda está bem, e caminha pelas ruas. Ao final, está prostrado numa cama. Isso proporciona momentos muito emocionantes como, por exemplo, a despedida de Robert e seu filho Exon, de Sr.
Confesso que não me lembro de ter visto filme algum dirigido por Robert Downey Sr.. Eles me parecem bem malucos. E é essa cronologia de filmes que Downey Jr. usa para contar a história de seu pai e homenageá-lo. Há, claro, situações meio embaraçosas. Alguns podem questionar a inclusão de certas cenas de intimidade. Entretanto, como se trata de uma família que viveu para o cinema, isso é mais do que explicável. No final, é triste, mas também uma carta de amor de um filho para um pai. E também de um pai para um filho. Vale ver!