Eu nunca tinha ouvido falar do filme American Traitor: o Julgamento de Axis Sally. E quando me deparei com ele na HBO Max, fiquei curiosa. Não só pela presença de Al Pacino. Mas também pela história que contava uma passagem que eu nunca tinha ouvido falar da época da segunda guerra mundial. O filme não é bom, nem ruim. Tem alguns momentos interessantes, mas em geral é igual a 99% dos filmes do gênero.
Tudo começa em 1948. O renomado advogado James J. Laughlin (Al Pacino) assume um caso que cativa a opinião pública. Ele será responsável pela defesa de Mildred Gillars (Meadow Williams), também conhecida como “Axis Sally”. Durante a guerra, Mildred foi responsável por propaganda nazista pelo rádio, que chegava ao público americano. Quando a guerra termina, ela é acusada de traição à pátria. (Só achei o trailer em inglês)
O que achei?
O filme viaja entre duas épocas, a do julgamento, e a fase em que Mildred foi Axis. É uma história fascinante, especialmente porque é real. Inclusive durante os créditos, o assistente do advogado fala sobre a experiência da época. E vemos também fotos da verdadeira Axis Sally. Ela é consideravelmente menos glamorosa do que a personagem criada para o filme por Audrey Meadows. O diretor faz toda a ambientação numa linha de film noir, o que é bem bonita visualmente. Vale especialmente prestar atenção na ambientação – toda a filmagem foi feita em Porto Rico.
Al Pacino, é claro, domina todas as cenas. Mas, Swen Temmel, que faz o assistente Billy Owen, não faz feio, e segura bem as cenas com ele. Pena que Meadow Williams é tão fraquinha no papel principal. Talvez com uma atriz mais competente, o filme pudesse ter sido bem melhor. Mas, entre “mortos e feridos”, se você gosta de filmes de tribunal, pode ser uma distração.