Eu sei que muita gente fala mal dos filmes da Marvel, mas eu adoro a maior parte deles. E mais do que tudo, do ponto de vista de marketing, admiro a forma que criaram um universo próprio. E ainda envolvem os produtos de streaming/TV, que funcionam como parte de tudo (né DC?). Dito isso, é óbvio que estava animadíssima para ver Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, que estreia nessa quinta nos cinemas. Além de gostar dos dois filmes anteriores do herói, Quantumania representa o início de uma nova fase do MCU. E talvez por isso, depois de assistir ao filme, a sensação agora é de frustração.
Vamos começar pela história. A vida de Scott parece tranquila. Ele e Hope estão felizes. Todos o reconhecem na ruas como um dos Vingadores (o velhinho do café acha que ele é o Homem-Aranha). E ele até lançou um livro. Mas é claro que há os probleminhas. Sua filha Cassie, agora com 18 anos, foi presa por tentar ajudar as pessoas, e vem trabalhando num projeto com Hank que envolve o estudo sobre o reino quântico. Só que o inesperado acontece e todos eles, mais Janet, acabam sendo puxados para essa dimensão. Lá, eles terão que tentar se salvar de várias ameaças, especialmente o grande vilão da vez, Kang.
O que achei?
Difícil saber por onde começar. A história se passa praticamente todo o tempo no Reino Quântico. E ele se parece muitooooo com qualquer parte do universo de Star Wars. Tem os seres estranhos, tem o bar onde todos se encontram, tem o “imperador” que domina a todos. E também logicamente há a resistência. Com certeza, a Disney/Marvel deve ter usado boa parte dos figurinos e adereços de Andor e Obi Wan Kenobi, rsrs. Além disso, a parte incial, quando Cassie e Scott caem no local, se parece tanto com O Retorno de Jedi, que eu fiquei esperando que algum Ewok aparecesse. Rsrs! Só isso já distrai bastante da trama.
Além disso, o filme também tem muito de Viagem Fantástica, com todas as viagens por dentro do reino. Isso sem contar a patética aparição de Corey Stoll, como um novo personagem (bem, mais ou menos). Pode me dizer que este está similar aos quadrinhos. No filme ficou ridículo – depois falam mal do Taika Waititi. rs.
Há alguns pontos que funcionam. Jonathan Majors é um deles. Apesar da direção querer transformá-lo num Darth Vader, o ator é suficientemente bom para ser ameaçador por si só. Ele será o vilão do MCU por mais alguns filmes – e promete. O triste é que Paul Rudd e Evangeline Lily, o Homem-Formiga e a Vespa, estão meio apagados nesta terceira aventura. Quem acaba funcionando mais e brilhando são Kathryn Newton como uma Cassie cheia de energia. E especialmente Michelle Pfeiffer, com direito a lutas e explosões (relembrando seus tempos de Mulher-Gato). Há ainda uma boa química entre ela e Michael Douglas – eu assistiria um filme da Marvel só com esse dois veteranos facilmente.
E no final…
O melhor de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania acabam sendo as duas cenas pós-créditos. Elas entregam que a aventura nesse novo universo de Kang será bem divertida – e tem até aparições especiais. Portanto, não saia da sala até o último minuto – #ficaadica.