Na época de minha adolescência, como muita gente mais, eu achava Rob Lowe um dos atores mais lindos da época. O primeiro ano do resto de nossas vidas teve grande efeito em mim naqueles tempos. Depois, Rob fez uma série de burradas – recusou o papel de McDreamy em Grey’s Anatomy, por exemplo). Mas ensaiou um retorno em tempos recentes, com 911 – Lone Star e agora com o recente lançamento da Netflix, a série Instável. Meu amigo José Augusto Paulo assistiu e escreveu a crítica, que está aqui:
Instável
Instável me chamou ligeiramente a atenção pelo trailer que a Netflix circulou na semana do lançamento da série. Mas reconheci Rob Lowe. Eu o respeit como ator e membro do Brat Pack (em filmes como O Primeiro Ano do resto de Nossas Vidas, Hotel Muito Louco, Vidas sem Rumo). Mas ele me pareceu cansado e, as vezes, pouco convincente no seriado The West Wing (embora tenha recebido um Emmy pela sua atuação). Só que quando me dei conta de que The West Wing foi produzida há uns 20 anos, decidi tentar Instavel e fiz certo. A série é muito engraçada com falas rápidas, humor inteligente, episódios curtos, mas no ponto. E ainda, um elenco bem entrosado que se sai bem em um ritmo acelerado.
A história mostra como um filho (John Owen Lowe, escritor, produtor e ator, filho de Rob) com alguns problemas de se socializar. Ele acaba sendo forçado a trabalhar com seu excêntrico e exótico pai (Rob Lowe). O motivo: salvar a companhia de pesquisas biológicas que este criou, e também seu pai, do desastre. Especialmente depois que sua mãe falece e pai e filho não parecem lidar bem com a falta que ela faz. O contraponto entre os dois é Anna, a gerente da empresa (a inglesa Sian Clifford, de Fleabag ), que tem algumas das melhores falas em cada episódio.
A crítica
O resto do elenco faz um trabalho competente e não deixa a peteca cair na agilidade das falas. Ou ainda em momentos em que estas se tornam um pouco técnicas demais (biologia e química), embora sempre engraçadas. E, na atuação, a voz de Rob Lowe esta modulada corretamente e encanta como o seu personagem faz com os que estão ao seu redor. O filho feito por John Lowe não quer sofrer influência do pai e nas trocas de ideias entre eles por vezes pensamos que podemos estar assistindo ao que o verdadeiro Rob diz para o filho John e vice-versa. Rob está muito bem para a idade que tem e o tanto de filmes que já fez. Aquela dose diária de meditação transcendental que ele diz que faz deve ajudar mesmo.
A fotografia é ótima, com imagens sem distorção, mas com discreto uso de filtros. Funciona bem mesmo em mudanças rápidas de câmeras. A produção criou casas bem clean e um ambiente de trabalho idem (como deve ser em uma empresa desse tipo). Vale a pena rir um pouco com os Lowe e seus colegas de trabalho.