Gerard Butler é paixão antiga. Por mais que seus último filmes tenham sido bem fraquinhos, lá estou eu para ver sempre. Acho que ele é o típico caso de um ator cheio de carisma e talento que não consegue encontrar bons veículos para mostrar seu potencial. Missão de Sobrevivência, que estreia nos cinemas nessa quinta é mais um desses filmes onde ele é muito melhor que o material que recebe.
No filme, Butler é o agente secreto Tom Harris. Durante uma de suas missões no Afeganistão, Harris se vê encurralado em meio a um território hostil após ter sua identidade revelada. Agora, para escapar, sua única saída é tentar chegar o mais rápido possível a uma base de resgate em Kandahar. Para isso, ele conta com a ajuda de seu intérprete, Mo (Navid Negahban, o Sultão de Aladim). Ele está disposto a fazer de tudo para sair do perigoso deserto. Só que terá que lutar muito enquanto foge de forças de elite inimigas e de espiões internacionais que querem seu fim.
O que achei?
À primeira vista, lendo a sinopse, você vai logicamente lembrar de O Pacto, com Jake Gyllenhaal. Mas não se engane, aquele filme era muito melhor. Missão de Sobrevivência tem duas horas de duração e ficaria bem melhor com uns 20 minutos a menos. Talvez se o roteiro se concentrasse mais na relação de Tom e Mo, o filme teria um resultado melhor. Mas se perde muito tempo com o perseguidor Nasir (Ali Fazal), que está ali provavelmente para ganhar o mercado da Índia. Com isso, mesmo com dois bons atores (Butler e Negahban), o filme não se aprofunda na amizade de ambos.
Missão de Sobrevivência não é um filme ruim, mas é cansativo. De qualquer maneira, o final dá a entender que a ideia é trazer os dois personagens de volta para uma nova aventura. Entretanto, considerando que o filme só rendeu 7 milhões de dólares no mundo, acho que isso será pouco provável.