Há um tempo, Gillian Anderson deu uma declaração dizendo que o novo James Bond deveria ser uma mulher. Em resposta, Daniel Craig falou que discordava, já que ele achava que deveriam criar um novo personagem equivalente para uma mulher. Gal Gadot e a Netflix parece que ouviram essa história e resolveram seguir o caminho. Agente Stone, que estreou na Netflix nessa sexta, é bem isso. Na verdade, é um mix de James Bond com Nikita.
A agente de elite Rachel Stone (Gal Gadot) esconde um grande segredo. Ela está infiltrada numa equipe do MI6. Mas na verdade ela faz parte de uma misteriosa e ultrapoderosa organização que busca manter a paz mundial. Mas uma reviravolta coloca Rachel como a única pessoa que pode evitar a possível perda do bem mais valioso – e perigoso – da instituição, conhecido como o Coração.
O que achei?
O filme usa toda a estrutura de um filme de James Bond. Viaja por diversos países. A primeira aventura se passa numa estação de esqui, daquele jeito que a gente viu em vários filmes de Bond. Quando a ação vai para Portugal (que delícia ver as ruas de Lisboa), há uma reviravolta interessante. Só que o filme sofre do problema de vários que temos visto ultimamente. Tem mais de duas horas, numa história que seria facilmente contada em 1h30.
Entretanto, o filme tem cenas de ação eficientes, daquelas que seriam boas de ver numa tela de cinema. Gal Gadot, apesar de ser uma atriz limitada, tem carisma e empatia com o público. Ela funciona para manter a atenção do público, e ainda é boa nas cenas de ação. O filme tem ainda no elenco Jamie Dornan, Sophie Okonedo e Alia Bhatt (de RRR). Não é nada inesquecível (assim como Alerta Vermelho também não era), mas entretém. E provavelmente vai virar uma franquia, tá?