Conheço muita gente que não embarcou nessa nova fase de Carrie Bradshaw e Cia. na duas temporadas de And Just Like That. Consigo entender! Para quem amava Sex And the City, Há a falta do humor de Samantha, e a realidade dos 50 anos é bem menos divertida que a dos 30 (rsrs). Mas, agora com o final da segunda temporada na HBO Max – e a terceira já aprovada – creio que há mais pontos positivos do que negativos. Acompanhei os episódios todas as semanas com vontade – e quero mais!
A nova temporada
A segunda temporada teve um clima um pouco mais divertido que a primeira. Afinal, já se passou um tempo desde a morte de Big (até hoje não me conformo) , e Carrie está saindo com o cara bonitão que ela beijou no final da temporada anterior – e que não dura muito tempo. Para mim, Carrie sempre foi o personagem preferido de Sex and the City. Ela sempre foi mais próxima , com todos ós seus erros (muitos) e acertos (nem tantos), rsrs. E não é diferente em And Just like That. Boa parte das vezes, fiquei impaciente com arcos de outras personagens porque queria saber mais de Carrie.
Ao separar Che (Sara Ramirez) de Miranda, os roteiristas tonaram Che muito mais ”gostável “. Já Miranda, na minha opinião, sempre foi a personagem mais chata das duas séries. E continua sendo. Gostei bastante do novo arco de Charlotte, retornando ao mercado de trabalho. Ela tem uma cena ótima no último episódio, colocando as coisas nos devidos lugares com Harry! Quase aplaudi!
Entendo a necessidade dos produtores de ampliar a diversidade dos personagens. São tempos muito diferentes de Sex And the City. Entretanto alguns funcionaram, outros não. Adoro o casal Lisa e Herbert, feitos por Nicole Ari Parker e Chris Jackson . Eles são ótimos e ela é muito estilosa. Mas Seema (Sarita Choudhury) é muito clone de Samantha . Já a professora Nya (Karen Pittman) é o tipo de personagem que está “a mais” na história. É chata e não tem o que fazer.
Aidan, Samantha e mais…
Apesar de nunca ter sido #teamaidan – e achar que ele e Carrie nunca teriam dado certo no passado – gostei da volta dele nesse momento. Mas, sinceramente, achei que a cena em que Carrie se pergunta se os anos com Big não foram um erro, na verdade foi um grande erro do roteiro. Outro problema é a forma como a história de Carrie e Aidan é colocada no final dessa temporada. Chega a ser risível. Cinco anos quando se tem 50+ é impensável!
E claro, há o elefante na sala. Rsrs! A participação de Kim Cattrall em uma única cena no início do último episódio foi ótima. Da a entender que as coisas ficaram bem entre Samantha e Carrie. Mas como todo mundo sabe, depois de uma grande briga entre amigas, as coisas nunca voltam a ser como eram. Foi uma delícia ver Samantha novamente. Mas a gente sabe que Kim Cattrall fez sua cena com a condição de não ter o menor contato dela com as outras atrizes. Quem sabe na terceira temporada teremos mais desses telefonemas?
Não adianta esperar que And Just Like That seja outro Sex and the City. As pessoas mudam – tanto eu e você como as personagens. O que funcionava há 20 anos, tem boas probabilidades de não funcionar mais hoje. Então, a minha sugestão é manter a cabeça aberta para essas novas pessoas tão conhecidas – e que vivem a cada dia uma nova história – sem expectativas.