Ano passado, estreou no cinema o bom Um Lugar Bem Longe Daqui (atualmente disponível na HBO Max) Contava a história de uma garota que vivia com a família no meio da floresta e de repente ficava sozinha tendo que se virar. É meio natural se lembrar dele quando se começa a assistir A Filha do Rei do Pântano. O filme estreia nessa quinta nos cinemas.
Assim como Um Lugar Bem Longe Daqui, A Filha do Rei do Pântano é baseado em um best-seller. Tudo começa mostrando a vida de Helena , uma garota de 12 anos que vive com o pai é a mãe no meio da floresta. A garota idolatra o pai, que a ensina a caçar e a sobreviver o local. Só que há algo errado na história . Logo a gente descobre que o pai manteve a mãe e a garota no cativeiro por 12 anos, e por causa disso acabou preso. A trama então da um salto no tempo. Agora Helena tem por volta de 30 anos , um marido e uma filha pequena. O problema é quando o pai foge da prisão.
O que achei?
A primeira parte , que mostra o dia a dia de Helena criança é a melhor. E muito se deve à atuação da menina Brooklyn Prince, ótima desde Projeto Florida. A partir do momento que o tempo passa, e Daisy Ridley assume o papel de Helena agora adulta, a coisa continua interessante. O problema é quando chega à terceira parte do filme, quando Helena retorna à floresta. São tantas coisas absurdas que a personagem faz que a produção acaba perdendo um mínimo de credibilidade.
A atuação de Daisy não ajuda. Parece que ela está determinada a não mostrar emoção alguma durante a maior parte da história. Entretanto, nessa segunda fase, há algumas coisas interessantes. A fotografia e as paisagens são muito boas. Ben Mendehlson é sempre um ator competente, mesmo que algumas vezes pareça estar se repetindo. De qualquer maneira, mesmo com seus probleminhas, eu acho até que vale a pena ver o filme. E há um fator interessante: o Brasil é o primeiro território a lançar A Filha do Rei do Pântano no mundo. Nos Estados Unidos ele só chegará em novembro.