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Cinema

Grandes Olhos chega ao cinema com um trabalho incrível de Amy Adams

Há alguns conceitos nestes eventos de premiação que são realmente difíceis de entender. Especialmente o que é considerado comédia. Orange is the New Black? Birdman? E, principalmente, Grandes Olhos, que estreia este fim de semana nos cinemas? O filme, dirigido por Tim Burton, concorreu e foi premiado no Globo de Ouro com o troféu de melhor atriz para Amy Adams. Mas, surpresa (!), ele é tudo menos uma “comédia ou musical”. Muito pelo contrário, é um drama forte, que algumas vezes se torna realmente incômodo, especialmente para as mulheres.

O filme é baseado em uma história real, a da pintora Margaret Keane, ainda viva, e que aparece no final em uma foto ao lado de Amy. Começa nos anos 50, quando ela era uma mulher separada com uma filha pequena. Ela passa a vender seus quadros em parques quando conhece outro pintor, Walter. Logo eles se tornam uma dupla. Walter tenta vender os quadros de ambos enquanto Margaret fica em casa, produzindo novas obras. O problema é que Walter está vendendo os quadros dela como se fossem dele.  A época em que vivem, quando as mulheres não tinham muitos direitos, o sucesso financeiro e o interesse da mídia acabam fazendo com que Margaret aceite a situação por um tempo. Mas logo ela terá que tomar uma atitude para recuperar seu nome, seus quadros e a sua identidade.

Hoje em dia é muito difícil entender a razão pela qual Margaret aceitou uma situação como essa por tanto tempo. E por isso mesmo incomoda, o que acaba sendo um mérito do diretor e do elenco. Amy Adams está ótima como um personagem tão “apagado”. Para uma estrela tão vibrante como ela, deve ter sido um grande desafio. Reese Whiterspoon estava comprometida com o projeto mas desistiu para fazer Livre, que lhe deu uma indicação ao Oscar.

O diretor Tim Burton, a biografada Margaret Keane, Amy Adams e Christoph Waltz na pré-estreia do filme em Nova York

Outro que também brilha como sempre é Christoph Waltz como Walter. Difícil é imaginar como seria com Ryan Reynolds, que inicialmente faria o papel. Ainda bem que não deu certo. Christoph domina o filme como o sedutor que envolve completamente todos que se aproximam dele.

No final, o filme acabou não conseguindo indicação alguma para o Oscar. Nem mesmo para a interessante música Big Eyes, de Lana Del Rey. Mas isso não tira o mérito do filme. Uma história incrível, muito bem realizada e com grandes atuações.

Eliane Munhoz

3 Comentários

1 Comentário

  1. Liliane Coelho

    29 de janeiro de 2015 às 12:37 am

    Acho q o filme ter ido como comédia foi uma jogada da Weinstren Company para os atores terem mais chances. O filme por ter um tom bastante leve para o contéudo da história contribuiu para isso. Para o nível do ano, aredito que só a música da Lana foi injustiçada.

  2. Eduardo Pepe

    29 de janeiro de 2015 às 12:44 am

    Tem uns alívios cômicos e o tom do filme é até bem alegrinho para a história, mas de fato falta muito para ser comédia. Julianne Moore devia ter ganho em atriz em comédia também. Seu trabalho em Mapas Para As Estrelas é fantástico e divertidíssimo! Uma pena que o filme se embolou na hora de fazer campanha e se classificar para os outros prêmios.

    • Eduardo Pepe

      29 de janeiro de 2015 às 12:45 am

      Por mim, Juli ganharia dois Oscars esse ano; atriz por Para Sempre Alice (esse ninguém te tira!) e como coadjuvante por Mapas Para As Estrelas.

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