As biografias de grandes nomes da música aparecem de vez em quando nos cinemas. O problema é que para cada Elvis, ou Bohemian Rhapsody, há aqueles que não funcionam – tipo, I Wanna Dance With Somebody – A História de Whitney Houston, e só atraem por causa das músicas. Esse é o caso também de Bob Marley: One Love, que estreia nesse dia 12 nos cinemas. Conta a história do nome mais conhecido do reggae, Bob Marley. As músicas são ótimas, já o filme…
A história acompanha a trajetória de Bob Marley (Kingsley Ben-Adir), que encantou o povo jamaicano com sua música. Sua pregação da paz, do amor e da fé rastafári, com o reggae, ultrapassou fronteiras e o sucesso foi imenso. Mesmo famoso, a violência em seu país era uma realidade e chega até Marley e sua esposa (Lashana Lynch). Após um atentado, eles saem do país. Contudo, no ano seguinte o cantor icônico decide voltar, pelo povo, para a Jamaica.
O que achei?
Sei que alguns colegas da crítica gostaram bastante do filme. Não foi o meu caso. Estou mais com aqueles que escreveram para o Rotten Tomatoes (somente 37% de aprovações). Há uma razão muito simples. O filme é chato, e não nos dá a dimensão do que seria o gênio de Bob Marley. É interessante porque o Bob criança (que aparece em flashbacks) e o Bob adulto são figuras totalmente diferentes, e o filme não mostra o que transformou essa mudança tão grande.
Há muito tempo perdido com discussões religiosas, sobre rasta, e o comprometimento de Bob com sua carreira. Os casos extraconjugais são falados bem de leve, num único diálogo proferido por Lashana Lynch. Mesmo a situação do casamento deles é estranha, não se sabe ao certo em que pé estão. O casal principal, Lashana e Kingsley Ben-Adir (o Malcom X de Uma Noite em Miami) estão ótimos, especialmente ele. Os números musicais também são muito bons. Pena que eles são tão melhores que o material de roteiro.