Benedict Cumberbatch é o “cara” do momento. Não só ele faz uma série de sucesso de público e crítica (Sherlock), será também o personagem principal de um filme de super-heróis da Marvel (Doutor Estranho), e ainda foi indicado para todos os principais prêmios com uma história real, O Jogo da Imitação. O filme concorre ao Oscar de filme, ator (Cumberbatch), atriz coadjuvante (Keira Knightley), direção (Morten Tyldum), roteiro adaptado, cenografia, montagem e trilha sonora. É provável que não leve prêmio algum. Mas isso não deve ser levado em conta. O filme, que estreia nos cinemas este fim de semana, é bom e tem uma história que vale conhecer.
A história verdadeira descrita aqui é de grande importância histórica. Durante a segunda guerra mundial, o matemático e especialista em criptologia inglês, Alain Touring, é convocado pelo governo britânico para decifrar um código nazista chamado Enigma. Correndo contra o tempo, ele e sua equipe montam uma máquina capaz de achar a informação que poderá definir o rumo do conflito.
Eu não conhecia essa história, então foi uma dupla descoberta. Não só a de um filme muito bem feito, mas também de um personagem que teve uma influência profunda em nossa realidade hoje em dia. Todos os mecanismos-base da internet hoje em dia vem dos estudos de Touring. Sua descoberta foi, segundo Winston Churchill, primeiro ministro inglês da época, a maior contribuição única para o esforço de guerra.
Além da história de como Touring foi importante, o filme também aborda como ele sofreu uma perseguição absurda no final de sua vida. Cumberbatch disse até que numa das cenas finais do filme, ele realmente não conseguia parar de chorar (você vai saber quando assistir o filme). Ele explicou que isso se deveu ao fato que “quando você é um ator, se descobre admirando completamente um personagem, pensando o quanto ele sofreu e como tudo o afetou profundamente.”
Quando O Jogo da Imitação começou pensei que Cumberbatch estava se repetindo, trazendo muito de Sherlock para o filme. Mas no final, ele me convenceu que eram personagens muito diferentes. Keira Knightley, apesar de todas as indicações, está apenas correta. Para os fãs de séries, um atrativo a mais são as presenças do sexy Matthew Goode, de The Good Wife e de Allen Leach, de Dowton Abbey.
Eliane Munhoz