Halle Berry é uma das melhores atrizes da atualidade há um bom tempo. Pena que, na maioria das vezes, não consegue veículos para demonstrar todo o seu talento. Ela tem ótimos momentos em Não Solte, que estreia nessa quinta nos cinemas – Halle é também produtora do filme. Mas, na verdade, é preciso que se diga que ela é uma coadjuvante. Os atores principais – ótimos – são os dois meninos que fazem os papéis de seus filhos, Percy Daggs VI e Anthony B. Jenkins.
Na história, enquanto um mal toma conta do mundo, a única proteção para uma mãe – interpretada por Halle Berry – e seus filhos gêmeos é sua casa isolada e o vínculo protetor de sua família. Eles precisam estar conectados o tempo todo – inclusive se amarrando com cordas. A família se agarra um ao outro sem poder nunca se soltar. Mas quando um dos meninos questiona se o mal é real, os laços que os unem são rompidos, desencadeando uma terrível luta pela sobrevivência.
O que achei de Não Solte?
Já aviso que o filme não é um terror daqueles que vai fazer você pular na cadeira a cada cinco minutos. É na verdade uma mistura de drama familiar com suspense psicológico, com um “molhinho” de sobrenatural. O clima do filme é claustrofóbico e a relação entre os três personagens é sempre tensa. Há várias reviravoltas, que vão deixar você se perguntando qual caminho o roteiro irá seguir. Isso é bom. Entretanto, a parte dramática inicial é mais longa do que deveria, poderia ser mais concisa. Entretanto houve uma cena que me fez chorar, justamente a do momento da mudança na história.
Mas, de qualquer maneira, gosto de filmes que me surpreendem . Não falo especificamente do final , mas sim do “quase final” ( #semspoilers). Lembra um pouco Shyamalan em melhores tempos. achei que valeu a pena!