Quando a gente pensa em Hugh Grant, logo lembramos do cara charmoso das comédias românticas. Mas Hugh vem tentando diversificar a sua carreira nos últimos anos . É só lembrar do Oompa Loompa de Wonka! E agora ele chega num improvável casting para um filme de terror. Herege estreia nessa quarta nos cinemas, e traz Hugh como o vilão. Ele está ótimo, já o filme começa bem e termina mal.
Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que dedicam seus dias a tentar atrair novos fiéis. No entanto, a tarefa se mostra difícil, pois o desinteresse da comunidade é evidente. Em uma de suas visitas, elas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem aparentemente receptivo e até mesmo inclinado a converter-se. Contudo, a acolhida amistosa logo se revela um engano, transformando a missão das jovens em uma perigosa armadilha. Presas em uma casa isolada, Paxton e Barnes veem-se forçadas a recorrer à fé e à coragem para escapar de um intenso jogo de gato e rato. Em meio a essa luta desesperada, percebem que sua missão vai muito além de recrutar novos seguidores; agora, trata-se de uma batalha pela própria sobrevivência, na qual cada escolha e cada ato de coragem serão cruciais para escapar do perigo que as cerca.
O que achei?
O filme é um suspense/terror que vai fundo nas personagens das duas jovens. Já no caso do de Hugh Grant, pouco sabemos. Isso inclui a razão pela qual ele age daquela maneira. De qualquer maneira, o filme tem um bom clima de tensão durante boa parte da história. Me deixou envolvida bem envolvida com a história. As duas jovens são boas e eficientes. E Hugh está sensacional. Ele usa seu charme e jeitinho atrapalhado para construir um vilão bem inesperado. Além disso, o filme discute religião e crença de uma maneira interessante, como eu nunca tinha visto no cinema antes.
Mas aí chega o final. E é tudo tão absurdo e risível que estraga toda a experiência diferenciada que Herege proporcionou. Sabe aquela coisa de que o roteirista não sabe como terminar, e inclui uma premissa absurda. Uma pena, mas é o caso de Herege.