É impressionante a energia de Clint Eastwood. Aos 94 anos, ele dirigiu mais um filme, Jurado Número 2, que estreou no MAX nesse fim de semana. Houve um protesto nos Estados Unidos porque o filme não foi exibido nos cinemas. Mas Jurado Número 2 é um filme intimista, que se passa na maior parte do tempo em espaços fechados, então não há grande perda de vê-lo diretamente no streaming. E o filme é bom, vale a pena ver.
Jurado Número 2 um thriller jurídico que acompanha o drama de Justin Kemp, interpretado por Nicholas Hoult, que está servindo em “jury duty”, o serviço obrigatório que escala os membros do júri de casos criminais. Ele é um homem de família que está sendo confrontado com um grande dilema ético e moral. Ele deve fazer parte do júri de um caso de homicídio. E enquanto acompanha o julgamento, ele sente todo o peso de contribuir com o destino do réu como inocente ou culpado.
O que achei?
Clint é um cineasta muito eficiente. Na verdade, o admiro mais como diretor do que como ator. Apesar de que seus últimos filmes como diretor não foram tão bons, caso de Cry Macho, ou 15h17 – Trem para Paris. Mas aqui ele se recupera totalmente. Já aviso que é um filme com um bom roteiro, excelentes atuações, e um tema que propõe algo para pensar. O que você faria no lugar de Justin? É provável que eu agisse de forma diferente. No final, parece até um livro de John Grisham, rsrs. O final aberto entretanto pode agradar muito alguns, e nem tanto outros. E até achei uma solução interessante.
O elenco tem grandes nomes. Nicholas Hoult está ótimo no papel principal. E ainda há Toni Collette, Zoey Deutch, J. K. Simmons, Kiefer Sutherland, Leslie Bibb, Chris Messina (que eu acho sempre ótimo). O acusado é feito por Gabriel Basso, de O Agente Noturno, e a vítima é feita por Francesca Eastwood, filha do diretor. Todos estão ótimos, inclusive coadjuvantes menos conhecidos, que tem papéis importantes na história. Vale ver, e até discutir as escolhas depois entre amigos.