A Netflix tem disponibilizado várias produções francesas de ação. Há pouco tempo tivemos Sob as Águas do Sena, que era um horror, mas fez sucesso. E agora chega Ad Vitam, com Guillaume Canet, um ator bom e charmoso (eu acho!), que é casado com Marion Cotillard na vida real. A história é uma trama policial. Demora a engatar, mas depois até que flui razoavelmente bem.
Canet é Frank, um agente de segurança de elite, que lidera uma missão que tem um final trágico. Ele acaba sendo afastado da corporação, mas não para de investigar o que aconteceu. Só que quando sua casa é atacada e sua esposa grávida é sequestrada, Frank parte em uma perigosa missão para desmascarar os criminosos . E só pode contar com a ajuda de uma pessoa.
O que achei?
O filme começa no presente, como uma introdução de James Bond. Logo vai para o passado, e aí se enrola um pouco. Demora muito mostrando o dia a dia de Frank, seus companheiros de trabalho e a relação com Leo, a então namorada. Até o momento que ocorre a situação que vai mudar sua vida. Algumas cenas de ação e perseguição são boas, mas o dia a dia com os colegas poderia ter um espaço bem mais reduzido. É óbvio que Caunet teve uma inspiração em Bruce Willis, ao se tornar o homem comum que de repente tem que lutar contra terroristas. Mas tudo bem, ele tem charme pra isso (não igual a Bruce, mas tem).
É também óbvio que há a ideia de se tornar uma franquia. O sucesso desse filme na Netflix já prevê que isso será bem possível. Mas o melhor mesmo é a cena em que os bandidos invadem o apartamento e os dois lutam contra eles. Adorei especialmente a atitude de Leo, que não se importa com a barriga de 8 meses e bate em todo mundo. E, ao contrário de muitos filmes americanos, as cenas são até críveis. Também é de se ressaltar a química entre Guillaume e Stephane Caillard. Gostaria de vê-los juntas de novo numa sequência.