Li o mínimo possível as críticas americanas ao filme Tomorrowland: Um Lugar onde Nada é Impossível, que estreia amanhã (4) nos cinemas brasileiros. Meu objetivo era chegar sem preconceitos à sala de cinema. O filme estreou em primeiro lugar nos Estados Unidos, quando estreou por lá na semana passada, mas teve um resultado bem abaixo do que seria esperado para uma produção com um custo de 180 milhões de dólares. Quando fui assistir esta semana, queria muito gostar do filme. Afinal era estrelado por George Clooney, tinha uma atriz simpática (Britt Robertson, de Under the Dome) no papel principal e era baseado em uma atração dos parques da Disney, que eu adooooro. Alguma semelhança com o enorme sucesso Piratas do Caribe?
O início prometia. Tudo começa com a história de Frank, um garoto extremamente inteligente e determinado a apresentar seu invento em uma grande feira de ciências nos anos 60 em Nova York. Acidentalmente, após conhecer uma menina chamada Athena, ele acaba em Tomorrowland, um mundo no futuro. Logo, passamos a acompanhar a história de Casey (Britt Robertson) nos dias de hoje. Também muito inteligente, ela começa a sabotar uma unidade da NASA, programada para ser descontinuada, o que deixará seu pai (o cantor country Tim McGraw) desempregado. Ela é presa e, ao ser libertada, percebe que tem um pin com poderes incomuns, que a leva ao um lugar muito estranho, chamado Tomorrowland. Só que ao retornar, sua história acaba se cruzando com a de Frank, hoje um gênio desiludido. Juntos eles vão embarcar em uma missão repleta de perigos para desvendar os segredos deste local enigmático em algum lugar no tempo e no espaço. O que eles deverão fazer lá mudará o mundo – e ambos – para sempre.
Aí começa o problema. A partir do momento em que os dois chegam a Tomorrowland, o filme desaba. Parece que alguém tinha uma ideia muito legal que não sabia como dar continuidade. O filme se torna chato, com explicações demais, uma falta de química monumental entre George e Britt (não estou falando de química romântica, mas de empatia entre os personagens) e uma trama sem sentido (tive que lutar com todas as minhas forças para não dar umas “pescadas”).
E isso é uma pena porque para os fãs dos parques e da Disney como um todo, o filme é cheio de referências divertidas. Mas, acho que o problema maior é que o ele não sabe qual é o seu público. E acaba se tornando chato tanto para crianças/jovens como para adultos. Desperdiça talentos (George está completamente fora de sua linha num papel que ficaria melhor num rabugento Harrison Ford) e ideias. Britt Robertson (num papel que foi recusado por Shailene Woodley) é boa, mas é chocante como está com a pele marcada com somente 25 anos. O que dificulta e muita sua atuação como uma adolescente. E o que Hugh Laurie está fazendo ali? Assim como Kathryn Hahn e Judy Greer, que mal aparecem em cena…
Realmente é uma pena que não tenha dado certo!