Depois de Peter O’Toole, mais uma grande perda para o cinema. Joan Fontaine, vencedora do Oscar por Suspeita, morreu hoje, aos 96 anos. Joan era irmã de Olivia de Havilland, a Melanie de E o Vento Levou. E a rivalidade entre as duas é uma das mais conhecidas da história do cinema.
As duas nasceram no Japão, mas logo se mudaram para a California e começaram a carreira no cinema. O sucesso chegou antes para Olivia, em especial por causa de E o Vento levou. Mas logo depois, Joan conseguiu o seu papel mais marcante no cinema : Rebecca, a Mulher Inesquecível. Como a jovem que casa com o viúvo e vai morar na mansão que ele viveu com a ex-mulher, ela se tornou uma estrela e concorreu pela primeira vez ao Oscar. E um ano depois acabou levando a estatueta antes da irmã. Diz a lenda que o fato que as duas concorreram no mesmo ano (Olivia com A Porta de Ouro), fez com que o ciúme e as brigas acabassem com qualquer relacionamento entre as duas até o fim da vida. (Olivia posteriormente ganhou dois Oscars e ainda está viva, morando em Paris)
Pessoalmente nunca achei que Joan fosse uma grande atriz mas ela sabia escolher muito bem seus papéis e era extremamente fotogênica, além de linda. Fez filmes que entraram para a história: o maravilhoso Jane Eyre, com Orson Welles, o divertido A Valsa do Imperador, com Bing Crosby, Ivanhoé, o Vingador do Rei.
Mas meu preferido continua a ser o muito romântico Carta de uma Desconhecida. Em Viena, por volta de 1900, um pianista (Louis Jourdan) que está pronto para fugir de um duelo, recebe uma carta de uma mulher (Joan) que relata como os dois se conheceram e como ele foi importante em sua vida. Belíssimo!