Eu gosto muito dos filmes de Woody Allen. Alguns mais do que outros. Tenho adoração por aqueles da Fase Mia Farrow, como A Era do Rádio, Sonhos Eróticos de uma Noite de Verão, Zelig e, principalmente, A Rosa Púrpura do Cairo. Dos recentes, gosto muito de Magia ao Luar, Vicky Christina Barcelona e Meia-Noite em Paris. Assim fiquei muito curiosa para assistir Homem Irracional, que estreia esta semana nos cinemas. Mas devo dizer que ele vai se juntar aos menos favoritos na minha lista de filmes do diretor.
Creio que o problema são os diálogos infindáveis sobre a busca do sentido da vida. Pessoalmente, não tenho muita paciência com esse tipo de coisa. A partir do momento em que o personagem de Joaquim Phoenix acha finalmente um sentido para a sua vida e a história começa a seguir uma linha policial, o filme acha seu ritmo e melhora sensivelmente. Mas aí já havia passado do meio.
A sinopse oficial conta a história de Abe (Joaquin Phoenix), um professor em meio a uma crise existencial e que redescobre a vontade de viver. Logo após voltar a dar aulas em uma pequena cidade, Abe se envolve com duas mulheres: Rita (Parker Posey), uma colega de trabalho; e Jill (Emma Stone), sua melhor aluna. Mesmo quando Abe mostra sinais de desequilíbrio mental, a fascinação de Jill por ele só aumenta. O problema é que quando decide abraçar novamente a vida, Abe desencadeia uma série de eventos que afetará não só a ele, mas também a Jill e Rita para sempre.
Sempre acho interessante que em vários casos, o alter ego de Allen acaba falando igualzinho a ele. Repare nos momentos em que Joaquin Phoenix assume a função de narrador. É impressionante! Todo o elenco está bem, com Emma Stone brilhando até mais do que em Magia ao Luar.
Uma pena que o filme demora a “engrenar”.
alfredo sternheim
30 de agosto de 2015 às 2:38 pm
Eliane, embora tenha uma opinião diferente sobre o filme, envio meus parabéns: você falou do filme sem entregar uma parte importante na trama. Já outros críticos não tiveram esse teu cuidado. O teu texto tem respeito pelo filme, Allen e o espectador/leitor. Um respeito que, infelizmente, anda ausente na mídia especializado. Beijos