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A decepção cinematográfica de O Juízo

Alguns dos filmes do diretor Andrucha Waddington estão entre os meus preferidos do cinema brasileiro. É o caso de Casa De Areia; Chacrinha –  O Velho Guerreiro; Eu, Tu, Eles; Gêmeas. Por isso fui assistir com grande expectativa, O Juízo , seu novo filme que estreou hoje nos cinemas. Ainda mais por se tratar da primeira incursão do diretor no gênero terror, que eu adoro. Mas, infelizmente, foi uma decepção.

O filme começa com uma família chegando a uma fazenda que tem suas raízes no período escravocrata. Guto (Felipe Camargo) se muda para esse local com a mulher e o filho com o objetivo de fugir da vida na cidade numa tentativa de se livrar de seu alcoolismo. Mas logo que eles chegam lá, fica claro que o fantasma de um ex-escravo (Criolo) e de sua filha (Kênia Bárbara) não vai deixá-los em paz. Afinal, eles foram assassinados por um antepassado de Guto.

O problema começa com uma percepção. É óbvio que Andrucha Waddington não sabe muito sobre filmes de terror. Não conhece a regra de que é preciso amedrontar o espectador. A ideia do roteiro (de Fernanda Torres, também produtora) é boa. Tem um quê de O Iluminado, com a família chegando a um lugar assombrado, que irá tentar o pai. Só que a direção é sem imaginação, não há sustos, não há nem mesmo aquela melancolia comum no gênero. No final, o filme acaba sendo chato e arrastado, com uma fotografia sem imaginação.

O elenco é bom. Gosto de Felipe Camargo, e Carol Castro sinceramente me surpreendeu positivamente. O garoto Joaquim Torres Waddington (filho de Fernanda e Andrucha, que é a cara de Daniel Radcliffe) sabe passar bem o tédio adolescente diante de certas situações. Difícil é saber o que é atuação e o que é natural, rsrs. E além de tudo o filme ainda tem as participações especiais de Lima Duarte e Fernanda Montenegro, a vovó. Ou seja, é uma produção em família.

Mas isso não seria problema, se a linguagem de O Juízo fosse eficiente. Uma pena que não é . Poderia ter sido ótimo. mas não foi.

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