Nunca pensei que fosse escrever essa frase na minha vida mas aí vai. Eu me emocionei com Velozes e Furiosos. É isso mesmo. Velozes e Furiosos 7, que estreia amanhã (2) nos cinemas, é divertido, tem ótimas cenas de ação, dá um aperto no coração e termina de uma maneira tão bonita, que provavelmente também vai fazer você tentar esconder aquela lágrima que teima em cair.
Este foi o filme que Paul Walker não terminou. Ele tinha rodado praticamente metade de suas cenas quando morreu naquele absurdo acidente de carro. O filme foi adiado, o roteiro foi adaptado, os dois irmãos de Paul foram usados como dublês e efeitos especiais ajudaram a mantê-lo durante todo o filme. Se você não soubesse desses detalhes, provavelmente nem perceberia muito a diferença entre a cenas que ele rodou e as que não. Ponto para o talentoso diretor James Wan, que fez Sobrenatural: Capítulo 2 e Invocação do Mal.
A história é uma sequência direta dos acontecimentos de Velozes e Furiosos 6. Deckard Shaw (Jason Stathan) é o irmão de Owen Shaw (Luke que faz uma participação, digamos “tranquila”, em uma cena) em busca de vingança contra Toretto (Vin Diesel) e cia. E para isso, acaba providenciando explosões, lutas “de rua” e, é claro, perseguições de carros. No caminho, a “família” de Toretto ainda consegue um aliado, um agente secreto do governo (Kurt Russell em papel recusado por Denzel Washington), que aceita ajudá-los, pedindo algo em troca, é claro.
Tudo isso os leva a vários locais ao redor do mundo: República Dominicana, Japão (e um encontro com Sean Boswell – Lucas Black – de Desafio em Tóquio) e Abu Dhabi, onde acontece a parte mais divertida do filme. Com luta de mulheres (Michele Rodriguez e a lutadora de MMA, Ronda Rousey ) e principalmente o roubo do carro num dos prédios mais altos da cidade.
Dwayne Johnson (Hobbs) quase teve que ficar de fora por causa das filmagens de Hércules. Mas ele é sempre divertido em sua pequena participação, com risadas, lutas etc. Outra novidade no elenco é a estreia como atriz da cantora Iggy Azalea, que também faz parte da trilha, como uma corredora de carros no início do filme.
Mas é claro que o ponto alto são as cenas com Paul Walker. É interessante como cada diálogo entre ele e Vin Diesel parece ter um outro significado agora que ele se foi. E aquele final… é muito lindo e um digno adeus ao ator. Vale o ingresso do cinema!