Já faz muito tempo que Liam Neeson vem falando em se aposentar desses filmes de ação. Afinal , com 72 anos, já está claro que ele não consegue mais fazer cenas de luta e de perseguições. No ano passado, Liam disse que Último Alvo, que estreia nessa quinta nos cinemas será o seu último do gênero. Faz bem, porque fica até ridículo ele tentar nos convencer que é capaz de fazer algumas coisas que aparecem no filme.
Em Último Alvo, Liam é um velho gângster de Boston, que vem tendo problemas de saúde. Com isso, ele tenta se reconectar com sua família e corrigir os erros do passado. Mas isso não será fácil. Especialmente porque seu estilo de vida criminoso logo ameaça destruir tudo o que ele mais preza.
O que achei?
Liam já tinha feito um filme sobre um bandido legal que está tendo problemas de memória em Assassinato sem Rastro (disponível na Prime Video e no Max), que é melhor que este. Na verdade Último Alvo não é totalmente ruim, é só pouco memorável. Já vimos vários – e vários – filmes com histórias similares. Fiquei pensando que praticamente tinha esquecido boa parte do filme, que vi semana passada, rsrs.
Já aviso entretanto que tudo é muito mais um drama do que um filme de ação. De ação mesmo só tem umas duas ou três cenas. Ele se dedica mais à descoberta da doença, o reconhecimento dos sinais , e a tentativa de se reconciliar com a filha, e conhecer o neto. Ainda há um interesse amoroso, que é meio sem pé nem cabeça. O personagem, feito por Yolanda Ross, age em cada cena de uma maneira diferente – e me deixou confusa.
Com 1h52, ele se alonga muito mais do que deveria. Nem Ron Perlman consegue imprimir coisa alguma ao papel do chefe do personagem de Neeson. E Liam, bem, ele é um ator eficiente, mas realmente tem que começar a buscar outros gêneros. Fisicamente fica claro que cansou.