Quando a gente vai muito ao cinema, vê muitos filmes e séries, acaba sendo mais difícil de ficar surpresa com algumas produções, não é mesmo? Mas de vez em quando acontece. Foi o meu caso com O Presente, que estreou esta semana nos cinemas. Tenho que dizer que fui para a sessão um pouco contrariada, achando que veria mais do mesmo. Afinal, a sinopse parecia a velha história do estranho que vai infernizar a vida do casal perfeito. Além disso, nem Jason Bateman, nem Rebecca Hall e menos ainda Joel Edgerton, são atores que me entusiasmam.
E aí é que entra a surpresa. O Presente não é nem um pouco mais do mesmo. É difícil falar muito sem estragar ou dar alguma pista sobre coisas que acontecem no roteiro. No começo, um casal (Jason e Rebecca), bonitos e bem-sucedidos, vão morar numa casa nova (linda) e quando estão fazendo compras numa loja, se encontram com um ex-colega do marido, a quem ele chama de Gordo (mas não como referência ao peso, mas como um diminutivo de Gordon). Só que há algo misterioso nele, que logo começa a enviar vários presentes para o casal. E conforme ele vai se aproximando, as coisas começam a ficar estranhas e, aparentemente, perigosas.
https://www.youtube.com/watch?v=TqI8lpdK4Cw
Tanto o roteiro como a direção são de Joel Edgerton, que inclusive chegou a filmar todas as suas cenas primeiro, durante uma semana, para poder se dedicar mais à sua atividade por trás das cenas. E faz um trabalho muito bom. Exatamente como o casal central, você não sabe o que esperar, do que esse homem é capaz, um primoroso trabalho de criação de suspense por parte de Edgerton. No final, me fez pensar que ele pode nem ser esse ator tão bom que todo o mundo fala (ganhou o prêmio de melhor ator no Festival Internacional de Cinema da Catalunha com esse filme), mas é um ótimo diretor e roteirista.
Se busca um suspense diferente e surpreendente (você nunca vai imaginar o desfecho…), O Presente é uma boa opção no cinema.