O cinema ama a história de Alexandre Dumas de Os 3 Mosqueteiros. Desde os tempos do cinema mudo, com Douglas Fairbanks, várias versões foram filmadas. Entre as mais famosas estão a de 1948 com Lana Turner, a de 1973 com Oliver Reed, e a de 93, com Charlie Sheen. Sem esquecer a mais recente, de 2011, com Logan Lerman. Mas, estranhamente, desde 1961, a França não produzia um filme sobre Os 3 Mosqueteiros. Entretanto agora, chegam dois, ou melhor duas partes da mesma história. Os 3 Mosqueteiros: Dartagnan, estreia nessa quinta-feira nos cinemas. Termina com um cliffhanger, chamando para a sequência Os 3 Mosqueteiros: Milady, que deverá estrear em dezembro.
Nesse primeiro filme, a chegada do jovem D’Artagnan à Paris sonhando em se tornar um mosqueteiro. Só que ele acaba se envolvendo em várias situações complicadas. Mas tal jornada acaba levando que ele cruze o caminho de Athos, Porthos e Aramis. Os quatro terão que lutar contra várias forças poderosas que querem derrubar o trono francês. Especialmente a mortal Milady (Eva Green).
O que achei?
A história pode ser conhecida por muitos, mas os franceses se esmeraram numa superprodução. Rodaram os dois filmes juntos em quase seis meses. Foi quase totalmente rodado em locações – com somente um dia com gravações em estúdio. E tudo é sensacional, a direção de arte, os figurinos, a fotografia. E claro, o elenco. Eva Green é uma Milady perfeita. Louis Garrel como Louis XIII, e Vicky Krieps como a rainha Anna, sabem balancear drama e ironia de maneira muito eficiente. E Vincent Cassell faz um trágico Athos – aliás, sabia que o pai dele Jean Pierre Cassell foi Dartagnan em Cyrano e Dartagnan?
O Dartagnan da vez é François Civil, que se sai bem. Quem assistiu a série Dez por Cento (Netflix) vai lembrar dele. Mas é claro que a produção tem seus probleminhas. Lynna Khoudri (que esteve em A Crônica Francesa) é um deles. Taaão fraquinha! Em alguns momentos de luta, a câmera nervosa também não deixa que você entenda muito bem o que está acontecendo. Mas tudo bem, o filme é grandioso e bem feito. Ah, e tem uma cena pós-créditos, tá? Só me pergunto se o público de hoje vai se interessar por essa história… Espero que sim!