Quando anunciaram que J.J.Abrams não iria dirigir o terceiro filme da nova fase de Star Trek, admito que fiquei preocupada. Afinal, ele foi o responsável por esse reboot que renovou de forma perfeita a série. J.J. continuou ligado, mas somente como produtor executivo. Depois de um misterioso entra e sai de Roberto Orci como diretor, Justin Lin assumiu o posto, e demonstrou que também é fã destes personagens tão queridos. Star Trek Sem fronteiras pode não ter dado tanto dinheiro como esperado no mercado americano, mas é bom demais. Faz rir, emociona (muito) e respeita os fãs sem afastar os não iniciados. O filme estreia amanhã nos cinemas brasileiros e vale muuuito a pena.
A tripulação da Enterprise está no meio de sua missão de cinco anos pelo espaço, e vem tendo sentimentos conflitantes com relação a isso. Kirk pensa em aceitar um outro posto, Spock considera voltar a seu planeta, Sulu sente falta da família e por aí vai. Só que ao sair em busca de respostas sobre o que aconteceu com uma outra nave, a Enterprise é atacada por uma poderosa espécie alienígena, forçando o seu abandono. A tripulação sobrevivente fica presa em um planeta também desconhecido, entrando em conflito com um inimigo que nutre um imenso ódio contra tudo o que a Federação Unida dos Planetas representa.
Veja abaixo o trailer com a linda música de Rihanna:
O roteiro de Simon Pegg (Scotty) e Doug Jung é cheio de ação, mas também lotado de referências para todos os fãs dos filmes e das séries. Nada mais apropriado já que está sendo lançado no ano em que a série clássica, onde tudo começou com Gene Roddenberry, completa 50 anos. Durante minha carreira, tive a oportunidade de lançar em DVD vários títulos da franquia, além da honra inominável de conhecer pessoalmente Leonard Nimoy. Vi de perto tanto o amor e devoção dos Trekkies (fãs da franquia) como também o preconceito daqueles que não conhecem direito a série e os filmes.
Mesmo depois de tudo que J.J. Abrams fez tornando a história mais acessível para todos os gostos, o preconceito ainda persiste. Então minha sugestão é que se você gosta de um bom filme de ação, dê uma chance para Star Trek Sem Fronteiras. O filme tem os atores em seus melhores momentos (todos tem uma grande cena), muita ação, explosões, lutas, mas sempre ressaltando os valores que são parte importante da espinha dorsal de Star Trek: amizade, coragem, dedicação.
Me emocionei muito em várias passagens do filme. Aliás, a partir do momento em que uma determinada foto é vista por Spock quase no fim, não consegui parar de chorar. Foi a emoção de alguém que cresceu com esses personagens. Além disso, houve um agravante. As homenagens à Leonard Nimoy, feita de maneira digna e respeitosa, e também a Anton Yelchin (Chekov) que teve aquele acidente absurdo que o matou. Como diz o Capitão Kirk, um brinde a Enterprise… e aos amigos ausentes.
Infelizmente, na época dos negativos que acabavam perdidos, essa foto impressa em p&b foi a única que sobrou do incrível momento em que estive com Leonard e sua simpaticíssima esposa Susan. Mas valeu! Muito!