Gosto muito de histórias de detetives. Especialmente aquelas antigas, do tipo dos filmes estrelados por Humphrey Bogart nos anos 40. O detetive solitário, que persegue várias pistas e encontra diferentes tipos, alguns bem maus, outros nem tanto, em busca da verdade. Nesses filmes normalmente todo mundo têm algo a esconder e fuma muitos cigarros. Em Vício Inerente, que estreia este fim de semana nos cinemas, é mais ou menos assim. Só que a fumaça não é de cigarros comuns…
Quando a ex-namorada do detetive particular Doc Sportello (Joaquim Phoenix) aparece repentinamente com uma história sobre seu atual namorado bilionário (Eric Roberts), por quem por acaso está apaixonada, e um plano da esposa dele com o amante dela para sequestrar o ricaço e colocá-lo em um manicômio, ele promete "dar uma olhada por aí" entre um cigarro de maconha e outro. Só que quando ela desaparece, Doc começa a investigar e a cruzar com surfistas, traficantes, drogados e roqueiros, uma agiota assassina, detetives da LAPD, um saxofonista trabalhando disfarçado, além de uma entidade misteriosa conhecida como Golden Fang. Passado nos anos 70, a direção de Paul Thomas Anderson remete a uma época psicodélica onde tudo era permitido nesse "filme noir de surf", ao som de uma trilha incrível.
Não li o livro de Thomas Pynchon em que o livro é baseado. Mas ouvi várias pessoas comentarem que era uma daquelas histórias "infilmáveis". Outros vários odiaram o filme. Confesso que "embarquei" na história e dei várias risadas com a atuação de Joaquim Phoenix (nunca pensei que um dia fosse escrever isso! Rs!). Mas já aviso, tem várias cenas de consumo de drogas (das mais diversas).
No elenco cheio de astros, além de Joaquim (em papel que seria originalmente de Robert Downey Jr.), estão Josh Brolin, Owen Wilson, Katherine Waterston ( da série Boardwalk Empire), Reese Witherspoon (que trabalhou com Joaquim em Johnny e June), Benicio Del Toro, Martin Short e Jena Malone (de Jogos Vorazes – que tem uma cena ótima com Joaquim, onde conta como conheceu seu marido). Na foto abaixo, parte de elenco na pré-estreia do filme.
Vício Inerente concorreu a dois Oscars este ano: roteiro adaptado e figurino. Joaquim concorreu ao Globo de Ouro de melhor ator de comédia mas perdeu para Michael Keaton (Birdman). O filme ainda venceu o prêmio Robert Altman no Spirit, o Oscar do cinema independente.
Vale conhecer, mas esteja preparado para adorar ou odiar!
Liliane Coelho
27 de março de 2015 às 11:29 pm
O filme é muito louco! É total "ame ou odeio". Confesso que embarquei, me impresioonou o visual todo diferente, a trilha diferente, o excelente elenco, todos bem escalados (Inclusive o Josh Brolin, q foi indicado ao Critics Choice de ator coadjuvante, merecia ter sido lembrado pelo Oscar, alem como a direção de arte) e do retrato histórico da época dos estados unidos. É uma experiência interessante!
Graciete silva
30 de março de 2015 às 3:55 pm
Gostei!!! O interessante e que sessão do filme tem uns que se racham de gargalhar e outros ficam num silêncio.
Valeu o ingresso, claro que se fosse o Robert, eu terei saído mais feliz.
Mas Joaquim deu conta do recado e o Johs está ótimo.