O título brasileiro pode ser ruinzinho. Mas Walt nos Bastidores de Mary Poppins é um dos melhores filmes do ano. E sofreu uma grande injustiça por parte dos votantes do Oscar ao ficar fora da lista dos concorrentes a melhor filme e principalmente melhor atriz para Emma Thompson. Bonito, emocionante, com uma história bem contada, um quê de magia e personagens reconhecíveis. O que não deu certo? Difícil dizer…
Alguns dizem que foi por causa da manipulação da história. Que Disney era mostrado como um doce de pessoa, que a autora saiu estereotipada, que a história não foi daquele jeito. Mas que diabos, isso é cinema. Não foi John Ford quem disse que entre a realidade e a lenda, imprima-se a lenda? Walt nos Bastidores de Mary Poppins imprimiu a lenda. E muito bem!
Tudo começa com Walt Disney (Tom Hanks) determinado a adquirir os direitos do livro Mary Poppins. Depois de muita negociação, a escritora britânica P.L.Travers (Emma Thompson) sai de Londres para Los Angeles para conhecer os planos para o filme. E transforma a vida de todos os envolvidos num verdadeiro inferno. Só que na verdade, saberemos os verdadeiros motivos do comportamento de P.L. enquanto conhecemos a história de sua família e a influência que ela teve em sua obra e em sua vida.
Costumo dizer que Emma Thompson é uma das poucas atrizes que me emociona seja qual for seu papel. A Elizabeth Bennett, que chora ao saber que seu amado não se casou em Razão e Sensibilidade, a esposa que descobre que seu marido tem uma amante em Simplesmente Amor ou mesmo a derivada de Mary Poppins, Nanny McPhee, quando esta percebe que está tudo certo com a família para quem trabalha. A cena agora, aquela que me fez chorar novamente, envolve música e pés que batem um no outro. Quando você assistir ao filme, perceberá o que quero dizer. Que atriz!!! E tente não se emocionar…
Você não precisa ser fã de Mary Poppins (o livro ou o filme da Disney) para entender ou gostar demais de Walt nos Bastidores de Mary Poppins. Eu tenho que admitir que, apesar de adorar as músicas, não sou uma das maiores fãs do filme de 1964. Mas me tornei uma grande fã do filme de 2013! Supercalifragilisticexpialidoso!!!!
Eliane Munhoz
Rafael Cardoso
9 de março de 2014 às 1:13 am
Amy Adams em bom momento em Trapaça, mas ofuscada por Bale e Lawrence, de fato, não tinha nada que estar fazendo no lugar de Emma Thompson.
Eduardo Pepe
9 de março de 2014 às 1:15 am
O filme é uma gracinha e Thompson arrasa, mas não dá para engolir algumas licenças poéticas, principalmente, na relação entre Disney e Pamela.
Rodrigo Cardoso
9 de março de 2014 às 1:20 am
Em alguns momentos me pareceu um tanto sessão da tarde e não sei se a história tinha a necessidade de ser contada, mas não dá para negar o talento de Thompson, que ao lado de Blanchett, Adele, Dench e Streep fizeram as melhores interpretações dessa última temporada de premiações.
Liliane Coelho
9 de março de 2014 às 1:23 am
A produção norte-americana do ano passado foi muito boa, talvez por isso a ausência, mas Walt… teria sido uma escolha simpática para um décimo indicado a melhor filme. E Thompson, assim como Adele (Azul é a cor mais quente), foram as atrizes mais injustiçadas desse último oscar.
Mariana Oliveira
9 de março de 2014 às 1:33 am
Me pareceu um pouco ingênuo em certos pontos, mas realmente Emma Thompson estar ótima. Só o hype um tanto excessivo de Trapaça para fazer Adams entrar em seu lugar.
Cristina Oliveira
9 de março de 2014 às 2:28 am
Emma Thompson estar ótima, mas só eu esperava mais de Tom Hanks? Ele estar bem, mas… não sei, esperava mais impacto. Acho que por isso ele não tenha entrado em quase nenhuma premiação com esse papel. E não sei se Diney era tão gente boa assim.