Nos anos 70 e 80 vários filmes de terror com personagens que se incorporaram à cultura pop, foram lançados. Michael, Jason, Freddy Krueger, e o mais improvável deles, o boneco Chucky. Sete filmes foram produzidos desde então, e uma legião de fãs acompanhando. Lembro-me bem do painel de O Culto de Chucky na Comic-Con de Nova York. Teve a presença do criador Don Mancini, a estrela Jennifer Tilly e o ator que imortalizou a voz de Chucky, Brad Douriff. Isso, além do próprio Chucky. Foi um acontecimento! Enquanto esse grupo parece estar junto para uma nova série com o tema de Chucky, o cinema resolveu reviver o boneco assassino, com uma outra equipe. Está estreando essa semana no cinema um reboot do filme de 1988, também com o título de Brinquedo Assassino. Isso inclui os produtores de It: A Coisa, Aubrey Plaza e Mark Hamill como a voz de Chucky.
A história
Os atores dos filmes originais desdenharam essa nova produção. Foi inclusive lançado o hashtag #NotMyChucky. E realmente, apesar de ser no fundo a mesma história, é um filme muito diferente dos anteriores de Brinquedo Assassino. Essa nova produção já começa com uma piada. O Chucky demoníaco é feito por um trabalhador humilhado, e que se suicida posteriormente. Corte para o momento que Karen, uma mãe solteira presenteia seu filho, Andy, com aquele boneco. Logo Andy já começa a perceber que Chucky é bem diferente dos demais. O problema é quando crimes estranhos começam a acontecer pela vizinhança. Tudo porque Chucky quer realmente “ser amigo” de Andy.
A crítica
Não sou fã da franquia de Brinquedo Assassino. Creio que sinceramente nem vi todos. Por isso, fui com mente aberta para o cinema sem esperar nada . E confesso que me diverti. Ri em alguns momentos e até levei alguns sustos. Entretanto é preciso deixar claro que o filme tem cenas de assassinatos bem gráficas e detalhistas, com muito sangue jorrando. Então, se você tem problema com isso, é melhor passar batido.
Mas em vários momentos há um “cheiro” de Stranger Things e It. Afinal, são as crianças que percebem que há algo errado. E no final, é claro, se unem para derrotar o perigo. A produção tem boa qualidade, mantendo a atenção todo o tempo. E tem a vantagem de ter um garotinho incrível no papel de Andy. Eu já tinha gostado muito de Gabriel Bateman em Quando as Luzes se Apagam e na série Outcast. Mas aqui ele realmente carrega o filme nas costas.
Impossível também não destacar o trabalho de Mark Hamill como a voz de Chucky. Só para lembrar que ele já fez um Coringa inesquecível num desenho do Batman. Ou seja, sabe muuuitoo fazer voz de vilão maluco. Além de a musa do terror Aubrey Plaza, o filme também têm outros rostos conhecidos. Tim Matheson, Bryan Tyree Henry (As Viúvas e a série Atlanta), além dos garotos Ty Consiglio (Pica-Pau: O Filme) e Beatrice Kitsos (série O Exorcista).