Eu adoro um “disaster movie“, seja de maremoto, terremoto, incêndio, erupção de vulcões etc. Gosto dos conflitos, da tensão do momento, dos efeitos especiais. E me surpreendi muito com dois filmes noruegueses, que estão disponíveis no cinema e na Netflix. Na verdade, eles estão ligados. Eu vi primeiro o segundo, Terremoto, que chegou hoje aos cinemas. E enquanto estava fazendo uma pesquisa para poder escrever a crítica, descobri que ele era uma sequência de A Onda, que está na Netflix. Os dois são muito bons, surpreendentes mesmo. Dá pra ver um sem ver o outro sem problemas. Mas minha dica é ver primeiro A Onda na Netflix, e depois Terremoto nos cinemas. Se você gosta de “disaster movies” como eu, vai curtir bastante.
A Onda – Netflix
Tudo começa com um família que mora num dos fiordes da Noruega. Um lugar maravilhoso e turístico. O pai, Kristian, é um geólogo local, e estão todos de mudança para outra cidade, pois ele vai começar a trabalhar com petróleo. Mas, antes de sair, Kristian começa a perceber que há algo errado no local, e que pode provocar grande destruição.
O pior é que A Onda lida com uma possibilidade real. Segundo se sabe, o fiorde de Geiranger um dia irá cair, e criar um violento tsunami de mais de 80 metros que irá destruir tudo que estiver em seu caminho. Só não se sabe quando isso irá acontecer.
O filme usa vários dos clichés do gênero. Mas isso não importa. Especialmente porque o diretor Roar Uthaug sabe construir um suspense que vai deixar você totalmente tenso enquanto assiste ao filme. Sim, porque é claro que o desastre acontece, e a família tem que salvar um ao outro. E esse é o ponto principal. Você se importa com esses personagens, se identifica com eles. As cenas do tsunami são boas, mas o que importa é o que acontece depois, quando você fica torcendo todo o tempo para que todos se salvem. E uma coisa é certa, esse pessoal é recordista mundial de segurar a respiração embaixo d’água, rsrs.
A Onda foi um enorme sucesso na Noruega, batendo vários recordes em 2015. Tanto que três anos depois, ganhou uma sequência… Terremoto.
Terremoto – Nos cinemas
Coitada dessa família! Depois de tudo que passaram nos fiordes com A Onda, eles se mudaram para a capital, Oslo, e tem que enfrentar um Terremoto. E o pior é que mais uma vez, a história seria possível na vida real. Segundo o diretor estreante, John Andreas Andersen, “a Noruega é a área sísmica mais ativa no norte da Europa. Em 1904 realmente houve um grande terremoto na região e esse tipo de incidente acontecerá novamente”. O país era um dos que eu mais tinha vontade de conhecer na Europa, mas acho que depois desses dois filmes vou repensar a ideia, rsrs.
Agora, os acontecimentos de A Onda tiveram grandes efeitos na família. Kristian está afastado deles, vivendo um tipo de síndrome. Só que mais uma vez, ele começa a pressentir, através de documentos e situações, além de seu conhecimento de geólogo, que um terremoto vai acontecer. Assim como A Onda chegou, o Terremoto também chegará. E mais uma vez, a gente vai ficar torcendo pela família.
Os efeitos de Terremoto são muito melhores. Os momentos de tensão continuam presentes, apesar de que o filme demora um pouco mais do que deveria para a ação realmente começar. Um outro probleminha é que achei que os personagens fazem algumas coisas muito tontas (#semspoilers). Só que isso é perdoável pelo desenvolvimento da história, e pela relação entre todos da família.
O cinema norueguês é praticamente desconhecido para mim. Mas gostei bastante do que vi com esses dois exemplos. Vou procurar mais!