Tenha uma coisa muito clara se pretender assistir Caçadores de Emoção: Além do Limite, refilmagem que estreou hoje (28) nos cinemas. O anterior, de 1991, com Keanu Reeves e Patrick Swayze, era obviamente muito melhor. A história aqui é bem tosca. Mas as cenas de ação, ou stunts, são muito bem fotografadas e realmente dão uma sensação horrível para que tem medo de altura como eu. Um bom aviso também é que o cinema escolhido deve ter uma tela enorme, e em 3D. Senão tudo vai ficar muito chato. O trailer é ótimo, já o filme…
O primeiro Caçadores de Emoção virou um filme cult. Na época, Patrick Swayze era um super astro, e Keanu Reeves teve aqui seu primeiro grande papel como protagonista. Os dois garantiram o sucesso do filme. Muitos dizem que este filme foi um precursor de Velozes e Furiosos, afinal a espinha dorsal é similar, um agente do FBI que se infiltra em uma gangue, e acaba fascinado por eles. Então, com o fato de Velozes… ser uma franquia que ainda resiste (e faz enorme sucesso), nada mais natural do que a Warner achar que uma refilmagem de Caçadores… poderia ir pelo mesmo caminho. #Sóquenão. Pena que não deu muito certo…
Aqui, como no anterior, um jovem agente do FBI, Johnny Utah (Luke Bracey) se infiltra em um habilidoso time de atletas aventureiros, liderados pelo carismático (???) Bodhi (Edgar Ramizez). Os atletas são os principais suspeitos em uma onda de crimes extremamente incomuns. Disfarçado, e com a vida em perigo iminente, Utah se esforça para provar que eles são os arquitetos dessa sequência de crimes inconcebíveis, mesmo que acabe se sentindo parte do grupo em diversos momentos.
Os problemas começam com o roteiro. Chato e completamente inverossímil, com uma motivação fraca para os envolvidos. Além disso, falta a Edgar Ramirez o carisma necessário ao personagem de Bodhi. Gerard Butler ia fazer mais saiu devido aos problemas de agenda (pelo menos essa é a informação oficial). Nem o romance de Johnny Utah com Samsara (Teresa Palmer de Meu Namorado é um Zumbi) consegue envolver. Dá a impressão que ela só está lá para certificar que Johnny e Bodhi não estão apaixonados um pelo outro. Fiquei com pena só de Luke Bracey, de Monte Carlo e GI Joe: Retaliação (que está muuuuuito bem, especialmente sem camisa. Rs.). Ele deve ter achado que essa seria sua chance para virar um grande astro, mas com o filme tendo custado mais de 100 milhões e ter rendido menos de 30 nos Estados Unidos, essa possibilidade ficou no passado.
De qualquer maneira, como disse no início do texto, as excelentes cenas de ação, quando o grupo busca vencer os oito “desafios”, são de tirar o fôlego. Se é isso somente que você busca, vale muito a pena. Se não, nem perca seu tempo.