Praticamente toda a semana estreia algum filme de terror nos cinemas. E a maioria é bem esquecível. A Semente do Mal , que chegou essa semana, é até interessante já que se trata de uma produção portuguesa ( mas a maioria dos diálogos acontece em inglês). O problema é que tudo é muito chocante – mas assusta pouco.
A busca de Edward (Carloto Cotta) por sua família biológica o leva , junto com sua namorada, Riley (Brigette Lundy-Paine), a uma magnífica vila no alto das montanhas do norte de Portugal. Ele fica entusiasmado em conhecer sua mãe há muito tempo perdida e seu irmão gêmeo. Só que a bela paisagem da vila contrasta com os segredos sombrios que ela esconde. Inicialmente, Edward se sente acolhido, mas logo Ryley percebe que há mistérios profundos envolvendo a família. À medida que os dias passam, ela começa a desvendar um segredo monstruoso que o liga a mãe e irmão de Edward de uma maneira que ninguém jamais poderia imaginar .
O que achei?
Confesso que estou curiosa para saber como as pessoas vão reagir a esse filme. Ele começa muito bem, com o roubo de uma das crianças. A sequência é ótima. Depois há o salto temporal, e o bebê , já adulto, consegue descobrir sua mãe e irmão gêmeo. Até aí achei que a coisa funcionou. Você percebe que há algo estranho na história e fica curiosa.
Entretanto, quando o casal chega na vila, a coisa vai bastante. Há obviamente algo muito errado com aquela mãe, que fez inúmeras plásticas e o irmão metido a latin lover. Especialmente quando Riley aconteça a investigar , e descobre que aquela família é bem (bem mesmo) incestuosa. Mas não só isso, é claro que também há a parte sobrenatural, que fica claro porque eles precisam de Edward.
Ou seja, é chocante. Há uma cena em especial de sexo quase no final do filme que dá vontade de vomitar . Há uma outra em que os filhos dançam Garota de Ipanema com a mãe que é uma das coisas mais desconfortáveis que vi nos últimos tempos. Ou seja, se você curte coisas estranhas, A Semente do Mal, pode ser uma opção. Eu não curti – nojento demais para o meu gosto. De positivo mesmo só ficam alguns diálogos em português de Portugal.